AGIT | 25 de Abril


25 de Abril

O Povo na rua pela Paz, Liberdade e Democracia

A Revolução de Abril não foi só o momento em si, mas sim o culminar de um processo de luta do povo português contra a ditadura fascista e a opressão imposta durante 48 anos, que viu no dia 25 de Abril de 1974 todas as condições reunidas para o derrube do fascismo e o abrir as portas para a liberdade, a democracia, os direitos e a paz que hoje celebramos.

48 anos de luta contra o fascismo, que culminou no levantamento militarna madrugada de 25 de Abril, secundado pelo levantamento popular, o dia em que o povo português acreditou que o seu país não estava condenado a viver oprimido pelo fascismo. Foi a conquista de um povo, que lutou durante décadas contra o fascismo, e, posteriormente, da aliança determinante do Povo/MFA, que saiu à rua, com a sua própria força, vontade, intervenção e mobilização necessária à revolução, no dia 25 de Abril de 1974.

O 25 de Abril, é a expressão da libertação do povo português de 48 anos de ditadura fascista. Tem o valor histórico da luta do povo português, que mesmo nos momentos mais difíceis da ditadura nunca deixou de resistir e sair à rua para lutar pela sua liberdade e pelos seus direitos, sendo, muitos dos que o combateram, presos, torturados e mortos.

Com a Revolução de Abril, os portugueses conquistaram o direito à educação, à saúde, à habitação, ao trabalho com direitos, à cultura e ao desporto. Direitos conquistados, pelo quais é fundamental exigir-se o seu cumprimento, o que só a luta permitirá, volvidos que estão 46 anos da Revolução.

Comemorar o 25 de Abril, é comemorar o derrube do fascismo, a conquista da liberdade e independência nacional , o fim do colonialismoe a afirmação da paz e da solidariedade entre os povos.
Por muito  que nos tentem iludir com a ideia de que não foi com a luta do povo português que se conquistaram os direitos de Abril, a Juventude não aceita e aponta a luta e a organização como o único caminho no cumprimento dos direitos que foram conquistados. Nada nos foi oferecido e a juventude sabe que só a luta poderá conquistar novos direitos!

É neste quadro que a Juventude, os trabalhadores e o povo português continuam a ter um papel fundamental e imprescindível, exigindo o cumprimento desses direitos. É fundamental a juventude lutar para defender e conquistar uma escola pública, gratuita e de qualidade;o emprego estável e com direitos; o direito à participação democrática dos estudantes nas escolas e dos trabalhadores nos seus locais de trabalho. por todos os interesses e aspirações da juventude portuguesa,para que tenhamos direitoà saúde, à habitação, ao desporto e à cultura. Por uma vida onde seja possível a formação integral do indivíduo, a construção de um futuro de plena concretização de direitos e aspirações da juventude.

Somos a juventude que é fruto de Abril. A juventude que celebra Abril, que luta e lutará sempre pela concretização e cumprimento daquilo que o povo português conquistou com a Revolução do 25 de Abril de 1974.

Este ano celebramos e lutamos à janela, às 15h, cantando a Grândola e o Hino Nacional!

1º de Maio

O 1.º de Maio, o Dia Internacional do Trabalhador, comemora-se como um dia de luta dos trabalhadores de todo o mundo contra a exploração. Falar do 1º de Maio reporta-nos para o ano de 1886 em Chicago, em que os operários saíram à rua em greve a exigir a defesa dos seus direitos, tendo como principal reivindicação as 8 horas de trabalho. Este acontecimento impulsionou outras tantas manifestações de trabalhadores por todo o mundo nos anos seguintes, levando aos representantes dos movimentos operários de todos os países no ano de 1889 a reunirem-se em Paris, onde se declarou o 1.º de Maio do seguinte ano (1890) como um dia de luta internacional dos trabalhadores, passando assim o dia 1 de Maio a ser o Dia Internacional do Trabalhador.

Em Portugal, também estas manifestações assumiram o seu papel e valor histórico da luta dos trabalhadores pela melhoria das suas condições de trabalho. Os trabalhadores portugueses, de uma forma ou de outra, assinalaram este dia até aos dias de hoje, mesmo nas mais duras condições, como no fascismo.

Após o 25 de Abril, o povo português afirmou de forma fascinante o 1.º de Maio nas ruas, confirmando o poder e decisão popular na transformação para uma sociedade mais justa e democrática. Foi na luta popular, que teve no 1.º maio de 1974 um momento maior na história do nosso povo, que os trabalhadores e o povo conquistaram direitos fundamentais no trabalho, reduziram-se as jornadas diárias de trabalho, instituiu-se o salário mínimo nacional e houve aumentos bastante significativos dos salários.

Ao longo dos anos, com o reforço e organização do movimento sindical, os trabalhadores continuam a sair à rua e a fazer do Dia Internacional do Trabalhador um dia de luta, exigindo a melhoria das suas condições, valorização dos seus postos de trabalho e dos seus salários.

É neste sentido que é imperativa a luta dos trabalhadores. Que, como a historia comprova, só a luta é que é decisiva para o futuro daqueles que trabalham. Ainda há um longo caminho a percorrer, é necessário defender direitos que foram conquistados a fim de melhorar as condições de vida dos que trabalham.

A pretexto do surto epidémico do Covid-19, vários têm sido os ataques aos jovens trabalhadores, como é exemplo os inúmeros casos em que empresas que lucram milhões e entraram em lay-off, aproveitando uma borla do governo do PS, bem como os milhares que estão a ser despedidos diariamente. Precisamos pois de sair à rua, fazendo deste 1º de Maio, um dia de luta, afirmando que no combate à epidemia, nem um direito a menos!

Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!

AVANÇAMOS COM A FORÇA DA JUVENTUDE!

Falar nos 40 anos da JCP traduz, sobretudo, um corajoso compromisso com o futuro de organizar e assumir em toda plenitude o papel de vanguarda da juventude portuguesa

AGIT | 75 ANOS VITÓRIA ANTI-FASCISMO

75º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-fascismo


Em nome da paz e da verdade

Na passagem do dia 8 para 9 de Maio, de 1945, dá-se a rendição incondicional da Alemanha Nazi, iniciando-se assim o ponto final num dos episódios mais negros da História da Humanidade, a Segunda Guerra Mundial. 

Durante três dos seis anos do conflito, a URSS enfrentou, sozinha na única frente existente na Europa, as hordas nazi-fascistas dando um contributo ímpar para a sua derrota, com as decisivas vitórias na Frente de Leste, abrindo caminho para a derrota final do imperialismo alemão e dos horrores que este perpetrou. 

Não nos podemos deixar de afirmar bem alto, mesmo que o capital assim não o queira, que foi o Povo Soviético, o Exército Vermelho e o seu Partido Comunista, profundamente ligados à construção de uma sociedade nova, que foram responsáveis por 90% das baixas alemãs,  que, à custa de enormes sacrifícios e de mais de 20 milhões de mortos, suportaram o esforço fundamental da guerra dando o contributo determinante para a vitória final,   bem como pela libertação da grande maioria dos campos de trabalho escravo e de concentração espalhados pela Europa. 

Sim, querem menorizar o papel da URSS como principal obreira da derrota do nazi-fascismo, sobrevalorizando o contributo das potências capitalistas, omitindo que estas não só ignoraram os apelos de ajuda da Espanha Republicana, ficaram impávidas perante as agressões fascistas na Checoslováquia, Áustria e Etiópia, como também recusaram por mais de cinco anos um acordo diplomático com a URSS para isolar a Alemanha nazi e evitar o desencadear de uma guerra. O fascismo não  foi um acaso no desenvolvimento histórico. Foi a resposta violenta do capitalismo, na sua fase imperialista, às contradições que não consegue superar e que estavam expostas de forma crua na Europa do pós Primeira Guerra. 

Perante a crise sentida nos países capitalistas e os avanços, realizações e conquistas que simultaneamente se verificavam na URSS, o grande capital e os governos ao seu serviço procederam a uma ofensiva sem precedentes, intensificando a exploração, ilegalizando cerca de metade dos partidos comunistas à data existentes, bem como boa parte do movimento sindical revolucionário. 

na historiografia oficial procuram esconder que a classe dominante se entrincheirou em movimentos e partidos com as concepções e programas mais reaccionários, procurando garantir dessa forma a manutenção da exploração e sua sobrevivência enquanto classe. Prova disso é a  lista de nomes de empresas que financiaram e beneficiaram do trabalho escravo de milhões de pessoas. 

Têm medo que as novas gerações percebam que é possível um mundo sem exploradores nem explorados, e uma sociedade capaz da mobilização colectiva contra as maiores barbaridades, em contraponto aliás com o exemplo de individualismo, de rapina e exploração dos povos que todos dias nos dá o imperialismo norte-americano . 

Integrada no trabalho da Federação Mundial da Juventude Democrática, a JCP reafirma, junto com centenas de organizações comunistas e progressistas, o legado que nos foi deixado por milhões de homens, mulheres e jovens na luta contra o fascismo, contra o imperialismo, por um mundo de paz, pela soberania, auto-determinação e cooperação entre povos.

Anti-imperialismo e solidariedade internacionalista

A obsolescência programada, por definição, é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional, num curto espaço de tempo, especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto, e assim manter e aumentar as suas taxas de lucro.

AGIT | A Juventude na defesa de Abril

A Juventude na defesa de Abril

No presente, de olhos postos no futuro

O derrube da ditadura fascista e a democratização e construção de um projecto alternativo para Portugal trouxeram consigo enormes conquistas para a juventude. No entanto, é apenas justo que às camadas mais jovens da população seja atribuído o devido valor na luta antifascista, sendo necessário relembrar que os direitos que se mantêm e os que nos foram sendo retirados resultaram da luta, com sacrifícios colectivos assinaláveis. 

Uma das principais bandeiras da juventude continua a ser o direito à educação e, embora Abril tenha aberto portas a muitos milhares de estudantes ao acesso e frequência em todos os graus de ensino, a reacção tem tratado de levantar barreiras de classe ao longo dos anos. Hoje, continua a ser mais difícil para um jovem de uma família trabalhadora estudar e agarrar com as suas mãos o destino da sua vida.

O desinvestimento público continua a andar de braço dado com o objectivo mais ou menos  declarado de privatização do Ensino, da mesma forma que os exames nacionais são indissociáveis do numerus clausus no Ensino Superior. As insuficiências da Acção Social no combate às desigualdades são agravadas pela introdução das propinas e pela destruição do projecto de gestão democrática dos Estabelecimentos de Ensino.

O Ensino é a face visível do projecto de classe em que o investimento na satisfação das necessidades dos jovens é o mínimo necessário para a sua reprodução e contínua exploração, onde também pesa, dialecticamente, a própria correlação de forças em determinado momento, a dinâmica de luta das massas juvenis que arrancam e obrigam a conquistas e avanços contrários a esse projecto, como as recentes reduções do valor da propina são exemplo

Na Saúde, especialmente na sexual e reprodutiva, na Cultura e no também no Desporto, a autonomia e liberdade de alguns contrasta com tantos que continuam a ser deixados de lado.

Perante estas ofensivas ao projecto de Abril, que visava também a emancipação e elevação do patamar de consciência, da capacidade de pensar e de intervir da juventude, a JCP e o PCP ganham particular relevo, pela sua capacidade de propor, intervir e mobilizar. Ao lado dos jovens, em todas as batalhas, nas escolas, institutos, faculdades e locais de trabalho. 

Sobre a juventude, enquanto elemento vivo e irreverente da nossa sociedade, coloca-se a necessidade de agitar, pondo as questões determinantes para a construção de um projecto alternativo e verdadeiramente democrático em cima da mesa, das mais concretas às mais gerais, introduzindo-as nas conversas com os amigos e colegas, nos estabelecimentos de ensino, mas também nos clubes e associações. 

Ser jovem e defender Abril é agitar e lutar, porque a luta que levamos para o futuro é a que construímos no presente. 

Este ano agitamo-nos à janela, de casa ou onde estivermos, às 15 horas. Cantar a Grândola também é lutar. 

AVANÇAMOS COM A FORÇA DA JUVENTUDE!

Falar nos 40 anos da JCP traduz, sobretudo, um corajoso compromisso com o futuro de organizar e assumir em toda plenitude o papel de vanguarda da juventude portuguesa