ensinoprofissionalAbril2020

A JCP luta pelos valores de Abril, pelo Ensino Profissional a que temos direito!

Vai a meio mais um ano letivo com os mesmos problemas estruturais no Ensino Profissional, em resultado da desresponsabilização dos sucessivos governos, com o desinvestimento nas Escolas Profissionais

Os estudantes continuam a enfrentar graves problemas: a necessidade de pagar os módulos em atraso; as elevadas despesas com os materiais; os atrasos no pagamento de subsídios;
a sobrecarga horária que impede os estudantes de usufruir do seu tempo livre durante o ano lectivo, tendo ainda que repor aulas fora do ano lectivo, vendo assim as suas férias reduzidas; muitos dos cursos não serem assegurados nas escolas públicas; os estágios não serem remunerados; os alunos do Ensino Profissional não serem valorizados, sendo que têm de apresentar a Prova de
Aptidão Profissional em 30 minutos ou 1 hora para mostrar conhecimentos adquiridos durante 3 anos.

O Ensino Profissional não pode também estar dependente dos subsídios da União Europeia ou de outro programa, mas sim do Ministério da Educação, contribuindo para que tenha o investimento e acompanhamento adequado, garantindo assim os direitos dos estudantes do profissional.

Sobre o acesso ao Ensino Superior, não existindo uma forma justa e adequada de entrada dos estudantes do profissional, que não incida em exames com matéria que não faz parte do seu plano curricular, é uma promessa que fica por concretizar pelo governo PS, que afir- mou que iria haver outra forma de acesso ao Ensino Superior.

O governo PS propõe alterar os programas curriculares dos cursos e os critérios de acesso ao Ensino Superior, mas abre espaço para à criação de mais um elemento de avaliação final que pode constituir mais um problema para o prosseguimento de estudos.

O PCP propõe: valorizar os conteúdos curriculares do Ensino Profissional; a diminuição do número de alunos por turma, para garantir um efetivo ensino técnico e especializado; um regime de faltas, carga horária e de férias em condições de igualdade com os estudantes do ensino secundário regular; assegurar a efetiva gratuitidade do Ensino Profissional, proibindo a cobrança de taxas, custos e emolumentos, no ensino público; diminuição na duração da formação em contexto de trabalho; assegurar o pagamento das despesas de transporte, alimentação, alojamento e equipamentos para os estágios curriculares.

A JCP defende que o Ensino Profissional tem de ser valorizado e dignificado e não pode ser tratado com um sistema de “segunda”, destinado aos alunos com piores resultados ou para formar mão-de-obra barata, ou mesmo gratuita, à disposição das empresas. Estas são muitas das dificuldades que os estudantes do Ensino Profissional passam e temos de mudar isto!