Jovens comunistas alvos de acção anti-democrática, desta vez na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa

No passado dia 13 de Novembro, dois militantes da Juventude Comunista Portuguesa encontravam-se a dinamizar uma acção de propaganda de afirmação do 36.º aniversário da Juventude Comunista Portuguesa na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, ou seja, uma acção de propaganda política num local público.

Perante esta iniciativa, os militantes comunistas foram alvo da acção abusiva e ilegal por parte da GNR, tendo sido indevidamente abordados, revistados, algemados, detidos e levados para a esquadra. Salienta-se igualmente a conivência da Direcção da FCT/UNL em todo este procedimento e também na iniciativa de chamar as forças de autoridade para impedir o exercício de um direito.

Referir que este é mais um entre tantos outros casos que têm ocorrido com vários jovens em escolas, locais de trabalho e outros espaços, em contextos em que dinamizam seja acções de propaganda política, seja no âmbito do direito de reunião, associação, organização ou manifestação, direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa conquistados pelo povo português na luta pela liberdade.

A Juventude Comunista Portuguesa condena todas estas acções de claro ataque às liberdades e direitos democráticos, e em particular esta actuação das forças da autoridade que partindo de ordens da Direcção da FCT/UNL, mais não pretendem que intimidar e limitar a acção política da juventude que se organiza e age em defesa dos seus direitos.

A Juventude Comunista Portuguesa saúda os milhares de jovens que todos os dias, debaixo de enormes pressões e chantagem, não abdicam dos seus direitos e os exercem. A JCP reafirma que estará todos os dias pelos valores da democracia que foram duramente conquistados com a Revolução de Abril e repudia todas as acções anti-democráticas que atentem contra os direitos da juventude.

E é por isso que , com orgulho e com o reconhecimento da juventude, a JCP continuará a dinamizar a sua acção e intervenção da forma como fez até hoje, e que continuará a lutar intransigentemente pelos valores da liberdade e da democracia.

Secretariado da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa

Lisboa, 17 de Novembro de 2015

 

36 anos de luta!

A 10 de Novembro de 1979, a unificação da União dos Estudantes Comunistas com a União dos Jovens Comunistas marcava a criação da JCP.

Hoje, como antes, a juventude não se resigna e são muitas as batalhas que travamos: em defesa da escola pública, gratuita, democrática e de qualidade; em defesa da universalidade do acesso ao ensino superior; contra a precariedade, os baixos salários, o desemprego e a emigração forçada; pelos valores e direitos que a revolução de Abril consagrou, pelo direito a sermos felizes no nosso país!

Apesar dos muitos obstáculos que enfrentamos, estes 36 anos de intervenção e a capacidade transformadora da luta dão-nos confiança e mostram que é possível uma sociedade mais justa e fraterna e um mundo de paz e solidariedade entre os povos, onde não haja lugar à exploração do Homem pelo Homem e em que seja possível a plena concretização dos direitos e aspirações juvenis.

Viva a luta da juventude portuguesa! Viva a JCP!

 

Saudação à luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário de dia 5 de Novembro

(data: 5.11.2015)

A Juventude Comunista Portuguesa, está solidária com os estudantes e com as suas justas reivindicações e saúda todos os estudantes que saíram à rua pela no dia 5 de novembro de 2015. Os estudantes do Ensino Secundário saíram à rua, em vários concelhos do distrito de Lisboa, Porto, Coimbra, Santarém, Aveiro, Leiria, Évora, Setúbal Braga, Algarve, para reivindicar o seu direito a uma Escola Pública, Gratuita e de qualidade.

Num quadro em que o início do ano lectivo fica marcado pelo agravamento das condições materiais e humanas nas escolas do Ensino Básico e Secundário, fruto da política de direita praticada anos a fio por governos do PS, PSD E CDS, assente em cortes de financiamento para a Educação. Estes cortes financiamento representam um atentado ao nosso direito a estudar e traduzem-se na cada vez maior falta de condições materiais, em inúmeras escolas com obras paradas, falta de aquecimento nas salas de aula, equipamento que não podem ser usados, fruto dos elevados custos de manutenção. Esta falta de investimento na escola Pública também se traduz na falta de funcionários, o que leva a que em cada vez mais escolas os serviços ou estejam a funcionar num reduzido número de horas ou que estejam privatizados, como são exemplos disto inúmeros refeitórios por escolas de norte a sul do País.

Ao mesmo tempo que são centenas os estudantes que hoje são forçados a abandonar a escolas porque não conseguem suportar os custos de frequência do ensino, e tantos outros que têm de trabalhar para poder pagar os seus estudos.

A expressão deste dia de luta vem comprovar que os estudantes não aceitam a continuidade das políticas de destruição da escola Pública praticadas anos a fio por governos PS, PSD, CDS.

A JCP apela ainda à unidade dos estudantes e à intensificação da luta nas escolas e nas ruas em defesa Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, reafirmando que é o reforço e a intensificação da luta dos estudantes que abrirá caminho para a resolução dos seus problemas e para a efectivação dos seus direitos: a efectivação da Escola de Abril, tal qual está inscrito na Constituição da República Portuguesa.