Ex-citações

Mais Vale ter Trabalho precário do que desemprego
António Saraiva, Presidente da CIP, Confederação Empresarial de Portugal
7 de Março de 2016

O representante dos patrões, António Saraiva, veio à boca cheia defender o trabalho precário, como tem sido comum entre todas as entidades que defendem o grande capital e o ataque ao direito dos trabalhadores. Muitas são as lógicas que podemos aplicar para justificar esta ideia e que de facto, se o nosso intuito for ter um mundo em que os Homens exploram os Homens, em que a dignidade na vida, no trabalho, e o direito a ser feliz não existe, então estamos num bom caminho. O que não dizem é que o povo português e os trabalhadores não querem ter vínculos precários, querem ter tudo aquilo que foi conquistado pela luta dos trabalhadores, e por isso também hoje lutam para garantir trabalho com direitos. Tentam que nos resignemos mas o que é certo é que dia 31 de Março os jovens trabalhadores estiveram a lutar contra o trabalho precário.

Pertencemos também ao Atlântico Norte e é uma constante da nossa ação externa a vontade de fortalecer a nossa participação na NATO…
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
10 de Março de 2016

O novo Presidente da República, um dia após o bailarico da sua tomada de posse, afirma que Portugal deve fortalecer a participação na NATO. Curioso disto tudo é mesmo que no dia anterior tinha jurado defender a nossa constituição, na qual está explícito que devemos lutar pela “dissolução dos blocos político-militares”. Ou seja, numa altura em que a ofensiva do imperialismo é cada vez maior, e em que a participação da NATO tem sido fundamental para levar a guerra a muitos países, como é o caso da Ucrânia, da Síria, etc. vem o Presidente da República afirmar fazer o contrário do que a lei-mãe do nosso país afirma. Cai o pano ao Presidente amigo e sério que o próprio Marcelo, com o apoio da Comunicação Social dominante, quis que acreditássemos. A JCP e o PCP bem avisaram e, se dúvidas houvesse, o actual PR não está aqui para servir o povo português mas sim os interesses que sempre defendeu ao longo da sua vida, do poder dominante capitalista, e do seu próprio interesse.