Está de volta o Acampamento pela Paz!

Nos dias 29, 30 e 31 de Julho em Évora, este Acampamento vai juntar mais uma vez centenas de jovens de todo o país, com torneios desportivos, workshops, animações culturais, concertos, em 3 dias onde a animação e o convívio serão constantes.

Em pleno Verão, vamos juntar-nos num grande fim-de-semana em Évora, cidade Património da Humanidade, num espaço verde, com boas condições para acampar, com uma das mais emblemáticas piscinas do país.

Com o contributo de 25 euros, está assegurado o transporte de todos os pontos do país, a estadia, duas refeições e a participação em todas as actividades, festas e concertos ao longo destes 3 dias.

Quem já foi ao Acampamento sabe que vale a pena… Junta os teus amigos, contacta o CNP e vem participar no Acampamento pela Paz!

O Acampamento pela Paz é organizado pelo CNP – Comité Nacional Preparatório de Portugal do 19º  Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE).

O 19º FMJE realizar-se-á de 14 a 22 de Outubro de 2017 em Sochi, Rússia, juntando milhares de jovens e estudantes de todo o mundo em torno da luta pela paz, da luta anti-imperialista e da luta pelos seus direitos.

O CNP de Portugal tem o papel de divulgar o Festival e os seus valores, organizar uma delegação de Portugal e levar ao Festival a realidade, problemas e aspirações da juventude portuguesa. Nesse sentido, o CNP realiza diversas iniciativas ao longo do ano, sendo o Acampamento pela Paz o ponto máximo da sua actividade. O CNP é expressão do movimento juvenil português e está aberto à participação de todas as estruturas, associações e grupos informais juvenis que queiram contribuir para a construção do Acampamento pela Paz, para a divulgação do 19º FMJE, dos seus valores de Paz e amizade entre os povos.

A juventude portuguesa precisa de soluções para os seus problemas. São muitos os estudantes forçados em deixar de estudar por não conseguirem sustentar os elevados custos da educação; o desemprego, a precariedade e os baixos salários continuam a marcar a realidade de muitos jovens, levando muitos a emigrar; o direito à cultura, à saúde, ao desporto, à habitação, à mobilidade, aos tempos livres, a um ambiente saudável e sustentável são postos em causa por décadas de políticas contrárias aos interesses da juventude.

Apesar de alguns avanços, ainda que limitados, é preciso ir mais longe e só o reforço da luta e da participação da juventude pode garantir um caminho alternativo, que cumpra as legítimas aspirações dos jovens. Lutando pelos nossos direitos, lutamos também por um mundo de Paz, pelo fim das guerras, das agressões, pelo desarmamento, contra o racismo, a xenofobia e todas as discriminações, pelo direito à soberania e independência nacionais, pelo respeito pelos princípios inscritos na Carta das Nações Unidas e também na Constituição da República Portuguesa.

O Acampamento Pela Paz é um momento de afirmação do 19º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, da defesa dos direitos da juventude, pela paz e a solidariedade, pelo Portugal de Abril.

Organizações participantes no CNP de Portugal do 19º FMJE: Associação de Amizade Portugal-Cuba; Associação de Estudantes do Conservatório de Música do Porto; Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria, Sintra; Associação de Estudantes da Escola Secundária da Senhora da Boa Hora, Porto; Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Associação “Os Pioneiros de Portugal”; Associação Projecto Ruído; Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iuri Gagarine; Confederação Nacional de Jovens Agricultores e do Desenvolvimento Rural; Conselho Português para a Paz e a Cooperação; Ecolojovem “Os Verdes”; Frente Anti-Racista; Interjovem/CGTP-IN; Juventude Comunista Portuguesa; Setúbal Academy; União dos Resistentes Anti-fascistas Portugueses (lista actualizada em Dezembro de 2016).

Mais informações em:
19fmje.portugal@gmail.com
facebook/ cnp19fmjeportugal
http://www.cnp-portugal.pt/

 

Escola Secundária Mem Martins

A escola Secundária de Mem Martins localizada no concelho de Sintra é uma escola que necessita de uma intervenção na sua velha estrutura. Intervenção esta que tem sido extremamente demorada e com várias fases, e que obrigou e obriga os cerca de 1200 alunos a terem aulas em contentores, que estão em péssimas condições e , onde chove no seu interior, e com tamanho insuficiente para a média de alunos por turma.

Para além deste problema, junta-se a falta de funcionários por toda a escola.
Perante estes problemas, frutos do desinvestimento na educação, os estudantes mobilizaram se para a luta reivindicando os seus direitos como alunos do ensino publico.

No dia 10 de Março, os estudantes desta escola e a a sua Associação de Estudantes, realizaram uma concentração no portão da escola. Neste mesmo dia foram recolhidas muitas dezenas de assinaturas num baixo assinado que exige mais financiamento na escola, a conclusão das obras e mais funcionários!

Sobre as fusões, reestruturações e fundações

O Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) actualmente em vigor é prova de que a política de direita e os governos de PS/PSD/CDS que a aplicaram sucessivamente desde a Revolução tem em vista a elitização e mercantilização da educação. Aprovado em 2007, O RJIES significou uma reorganização dos órgãos de gestão das universidades, que permitiu a entrada de entidades externas, limitando-se ainda mais a intervenção e participação dos estudantes nesses mesmos órgãos de gestão. O RJIES, conjugado com o subfinanciamento das instituições, empurra-as para o auto-financiamento, com a dependência financeira de outras entidades para além do Estado e com uma cada vez maior transferência dos custos para os estudantes, como é o caso das propinas mas também de outras taxas.

Uma grande “linha mestra” do RJIES é ter aberto o caminho para a passagem das Universidades Públicas a Fundações de Direito Privado. O financiamento externo é um sinal sintomático da desresponsabilização do Estado na educação e pressupõe a interferência do interesse privado com as decisões da universidade, onde passa a reinar a lógica empresarial gerindo um serviço público com proveito privado. O Regime Fundacional serve de legitimação a estes propósitos. A passagem a fundação significa ainda mais interferências do interesse privado nas instituições e tem implicações na decisão sobre os cursos e conteúdos lecionados, na forma como é contratado o pessoal docente, nos próprios regulamentos internos das instituições, pondo ainda mais em risco a participação democrática dos estudantes.

Hoje, o regime fundacional está aplicado em várias universidades (ISCTE, Universidade do Porto) e está a ocorrer noutras (Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa). É urgente pará-lo através da luta dos estudantes.