Uma nova fase na vida política nacional

Os últimos anos, em especial os últimos 4 anos de PSD/CDS, foram marcados por grandes retrocessos no que toca aos direitos e condições de vida do povo e da juventude portuguesa, mas também foram anos intensos de luta para resistir e impedir a ofensiva da política de direita. Foi através de toda esta luta que se derrotou social e eleitoralmente PSD e CDS (mais de 65% dos eleitores votaram contra a coligação PSD/CDS, ditando um dos seus piores resultados eleitorais de sempre).

Na noite das eleições o Partido Comunista Português (PCP) tomou a iniciativa de procurar encontrar soluções que correspondessem à vontade expressa de mudança saída dos resultados eleitorais. Assim, tendo em conta a nova correlação de forças na Assembleia da República, foi possível derrubar o governo PSD/CDS e, nomeadamente a partir da “Posição conjunta de PS e PCP sobre solução política”, dar condições para a formação de um Governo de iniciativa do PS.

Além disso, a “posição conjunta” contém um conjunto de medidas e disposições que, sendo aplicadas, irão ao encontro de algumas das necessidades imediatas dos trabalhadores e do povo português, na reposição de salários e direitos que tinham sido roubados pelo anterior Governo, na reversão de processos de privatização que seriam lesivos do interesse nacional, entre outros.

Nestes escassos meses, foi possível:

  1. Travar a privatização dos transportes terrestres de passageiros;
  2. Adoptar novas formas de aprendizagem e avaliação no Ensino Básico;
  3. Adoptar novas formas de aprendizagem e avaliação no Ensino Básico;
  4. Impedir que a casa em que uma família more seja penhorada por dívidas ao fisco;
  5. Repor 4 feriados que tinham sido roubados;
  6. Deixar de ser aplicados cortes salariais aos trabalhadores do Estado;
  7. Assegurar a redução da sobretaxa do IRS, com vista ao seu fim em 2017;
  8. Repor o horário das 35 horas na administração pública;
  9. Aumentar o salário mínimo nacional para os 530 €, àquem dos 600 € que o PCP propõe;
  10. Repor os complementos de reforma aos trabalhadores do Sector Empresarial do Estado.

 

Congresso da CGTP e a Luta da Juventude

Nos dias 26 e 27 de Fevereiro no Complexo Desportivo Cidade de Almada, realizou-se o XIII Congresso da CGTP-IN.

Momento alto da central sindical que reuniu mais de 700 delegados de todo o país e de vários sectores de actividade.

No Congresso, fez-se o balanço do mandato e dos impactos da política de direita na vida dos trabalhadores e as suas consequências, como a emigração forçada de milhares de trabalhadores, o desemprego, o aumento dos vínculos precários e o alastramento dos baixos salários nos vários sectores de actividade.

Desafios impostos aos sindicatos de classe da CGTP-IN, desafios que contaram sempre com a resistência e dos trabalhadores, com aqueles que não baixaram os braços e intensificaram a luta por melhores condições de trabalho e de vida.

Luta que durante o mandato contou com 3 greves gerais e milhares de acções à porta dos locais de trabalho, com greves sectorias e manifestações convergentes.

Luta esta que durante o mandato de 4 anos foi reforçada com a sindicalização de cerca de 16 mil jovens, dando esperança que o caminho que se segue é de muita luta e confiança que a vitória é nossa, dos trabalhadores!

Falta de condições nos curso profissionais do IEFP

No Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Seixal os milhares de formandos que o frequentam, só no ano passado passaram por lá cerca de 13 mil, são expostos a condições que não garantem a qualidade na formação a que têm direito.
A falta de condições vai desde salas não ventiladas, a formandos a terem formação em monoblocos, falta de material para as aulas práticas ou a pouca limpeza das áreas exteriores.
Os cortes têm consequências visíveis quando o IEFP não tem dinheiro para pagar aos funcionários, nem aos formandos as suas bolsas de estudo, sendo que a diminuição de trabalhadores leva a filas imensas no bar. Alem disto os formandos são sujeitos a uma falta de segurança tremenda, havendo apenas dois funcionários responsáveis pela segurança que têm de se responsabilizar pela portaria e a ronda. Ser formando no IEFP é estar sujeito a condições indignas sendo que muitos dependem unicamente das bolsas de estudo para alimentar uma família.
Para resolver estes problemas concretos, a JCP está presente no IEFP com a sua intervenção em solidariedade com os estudantes e a sua luta por melhores condições. Há uma presença da organização com distribuições regulares e com a criação e divulgação de um boletim. Só com a luta podemos resolver os problemas dos formandos do IEFP Seixal!