Estudantes do Ensino Superior saíram à rua

O ensino superior deveria ser mais um grau de ensino a estimular o desenvolvimento individual e colectivo. No entanto, devido à persistente desresponsabilização dos anteriores governos PS, PSD e CDS-PP pelo devido financiamento das instituições, este universo é marcado pela impossibilidade de mantimento de um regular funcionamento das instituições, limitando e criando barreiras aos estudantes. É preciso terminar com a crescente elitização no ensino, que apenas perpetua um fosso social presente.

Os estudantes têm consciência dos seus direitos e, por essa mesma razão, o início do ano lectivo 2016/2017 é marcado por um conjunto de acções de luta que reivindicam uma maior justeza nos serviços de Acção Social Escolar e que responderam ao aumento do custo do prato social na maioria das instituições. Como foi o caso na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em que a AE lançou um apelo a exigir a redução e o imediato congelamento do preço do prato social. A partir desta iniciativa mais estudantes um pouco por todo o país estiveram em luta sob o lema “15 Cêntimos de Aumento, 15 Dias de Luta”, no âmbito do qual se recolheram milhares assinaturas em todo país, exigindo que o preço do prato social não aumente.

Também por luta ficou marcado o dia 17 de Novembro, Dia Internacional do Estudante, com várias acções por todo o país, nomeadamente com a manifestação em Lisboa da cantina velha até ao Ministério reivindicando o fim do subfinanciamento no ensino.

Os estudantes têm razões para continuar a lutar. Por exemplo no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas tem-se constatado um aumento de atrasos no pagamento das propinas, verificando-se vergonhas acções por parte dos serviços académicos como é o caso da expulsão de estudantes das salas de aulas, os quais são rebaixados publicamente por não terem condições económicas para pagar as propinas. Mas os estudantes resistem e realizaram já um fotoprotesto com mais de uma centena de fotografias, assim como uma concentração à porta da faculdade no dia 25 de Outubro com o mote “#expulsarodesinvestimento”.

A JCP saúda todos os estudantes que participaram nas acções de protesto e de luta e apela à continuidade da luta pela escola pública, gratuita e de qualidade.