Dia Nacional de luta

Estudantes reivindicam  melhores condições!

Nos últimos anos, a política de direita tem destruído a escola pública, essencialmente através de cortes directos no seu financiamento, mas também através do roubo dos passes escolares, do acréscimo dos custos com a educação para as famílias devido ao não pagamento de apoios e a redução da ação social escolar. Também fruto dessa política de destruição existem inúmeras escolas a necessitar de obras e outras com obras por concluir, falta de aquecimentos ou ar condicionados.

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O corte no número de professores e de funcionários levam também a que haja uma redução substancial na capacidade e na qualidade do ensino, agravando ainda mais o problema das turmas sobrelotadas, em que na maioria dos casos existem mais de 30 alunos inscritos nas disciplinas.

Devido à dinâmica de luta crescente nos últimos quatro anos e à necessidade dos estudantes verem os problemas das suas escolas resolvidos, no início deste 2º Período, foi lançado por um conjunto de Associações de Estudantes do Ensino Secundário, um apelo para que o dia 10 de Março fosse marcado pela luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário e que se exigissem a resolução dos problemas concretos de cada escola através de ações de protesto. Este apelo pretendeu também marcar o Dia do Estudante, que se celebra a dia 24 de Março.

Durante este processo, há que destacar as grandes Reuniões Gerais de Alunos que os estudantes organizaram, e que foram, para todos os que participaram, um importante momento de contacto com a democracia na sua escola, bem como um momento impar de mobilização e de esclarecimento, essencial para o sucesso do dia 10.

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Este dia culminou com a realização de várias acções de luta, que contaram com a participação de centenas de estudantes do secundário, que unidos revindicaram melhores condições na sua escola. Muitos destes estudantes, que construíram e participaram neste dia, enfrentaram a enorme pressão que muitas direções de escolas e até policias impuseram, através da proibição de propagandas e ameaças.

Este dia de luta teve expressão por vários concelhos do país como é exemplo disso as acções em Silves, Setúbal, Palmela, Barreiro, Lisboa, Sintra, Loures, Vila Franca de Xira, Coimbra, Santa Maria da Feira, Porto, Braga e Guimarães, demonstrando que os estudantes conhecem os seus direitos e lutam.

Nesta nova fase da vida nacional, em que a possibilidade de vitórias é cada vez maior, como é exemplo disso a conquista da gratuitidade dos manuais escolares do primeiro ano de escolaridade, é indispensável que os estudantes continuem com a sua luta para o aprofundamento do direito a estudar com condições.

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No sentido da continuação da luta, a Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP, na sua última reunião, aprovou o aprofundamento desta linha de trabalho, em torno dos problemas concretos de cada escola, com vista à resolução dos seus problemas.

Por tudo isto os estudantes não podem baixar os braços, há ainda muito por lutar até conquistarmos a escola pública, gratuita e de qualidade na sua totalidade. Cabe a todos os estudantes comunistas, em unidade com todos os outros estudantes, de levar mais avante esta luta justa pela escola de Abril, através de mais contacto, esclarecimento e agitação com vista ao desenvolver a luta e o reforço da organização.