Falta de funcionários. Até quando?

As Escolas Básicas Eugénio de Castro, Solum Sul e do Tovim, em Coimbra passaram o dia encerradas por falta de assistentes operacionais.

Um episódio demasiado recorrente para ser visto como excepção, especialmente depois mais um inicio de ano lectivo onde inúmeras escolas já encerraram pelo mesmo motivo, como a Escola Secundária Canelas e a Escola Básica Eugénio de Andrade, no Porto, ou as Escolas Secundárias da Ramada e de Mem Martins, em Lisboa, entre tantas outras onde decorreram protestos dos trabalhadores, como dos estudantes.

O dia de hoje em Coimbra é sintoma do desinvestimento na Escola Pública ao longo de 40 anos de políticas de direita e que o PS, comprometido com os ditames da UE e a sua obsessão com o Défice, não dá resposta, juntando-se ao PSD e CDS para chumbar as propostas do PCP nesta matéria. É, ainda, expressão de uma ampla realidade de escolas com falta de meios humanos,
como professores, funcionários e outros técnicos, ou em condições materiais deploráveis, necessitando urgentemente de obras. Particularmente, a falta de funcionários, hoje generalizada, tem consequências no funcionamento de serviços de bar e papelaria resultando em longas filas e apertados horários, bem como na própria segurança dos estudantes.

Um quadro que motivou e motiva a denúncia e acção da JCP e daqui afirmamos que a intensificação da luta e a intervenção e proposta do PCP constituem elementos indispensáveis para a contratação de mais funcionários e a resolução dos demais problemas que afectam a Escola Pública. Recordemos, entre outras, as Escolas Secundárias de Camões e Alexandre Herculano, em Lisboa e no Porto, onde as obras começaram recentemente depois de vários anos de luta e intervenção dos comunistas, como exemplos vivos disto mesmo.

Os estudantes do Ensino Básico e Secundário podem contar com a JCP que estará ao seu lado, elevando a sua consciência e mobilizando para a acção reivindicativa, com a qual defendemos e construímos a Escola de Abril, uma Escola pública, gratuita, democrática e inclusiva, e desde já exigindo que o Governo assuma a contratação imediata dos funcionários em falta.