| Pelos direitos, organizar e lutar! | |||
Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores |
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| 19-Jan-2015 | |
 A JCP organizou no passado Sábado, dia 17 de Janeiro, no Clube Estefânia em Lisboa, o Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores, com o lema “Pelos Direitos, Organizar e Lutar”. O Encontro foi fortemente marcado pelas intervenções sobre a realidade laboral dos jovens trabalhadores, exaltando a necessidade de uma verdadeira política alternativa que vá ao encontro dos reais interesses dos trabalhadores.
O trabalho nos call-centers esteve muito presente em várias intervenções, sendo um dos maiores exemplos de instabilidade laboral em que os trabalhadores são extremamente mal remunerados e não têm qualquer perspectiva de futuro, sendo que uma grande fatia são jovens licenciados. Mas não foi o único exemplo. Ao longo do dia foi possível ouvir os testemunhos dos jovens trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde, a quem é vedado o acesso ao emprego e muitos são forçados a emigrar, enquanto a qualidade dos serviços prestados à população diminui. Para além destes, foram também mencionados casos dos trabalhadores da comunicação social, da arquitectura, da advocacia, da hotelaria, sem nunca esquecer os muitos outros que vêem os seus direitos ser retirados à medida que aumenta a exploração por parte do patronato.
São muitos os casos de trabalhadores que trabalham a “falsos recibos verdes”, sob a total influência da entidade empregadora que na prática funcionam como se tivessem um vínculo efectivo, sem qualquer dos seus direitos inerentes. Uma realidade em que os trabalhadores são facilmente substituídos, que são mais os que saem dos que os que entram, muitas vezes vendo como única hipótese a realização de um estágio, mais um dos retrocessos introduzidos e fomentados pelos governos de direita de PS, PSD e CDS-PP. estágios esses que funcionam a favor das empresas.
Ao mesmo tempo que se verifica um ataque brutal à legislação laboral e à contratação colectiva, muitos foram os exemplos dados da união, luta e conquistas dos trabalhadores por todo o país. Destacam-se as lutas na Bosch, na Portway, na GroundForce, na TAP, na EDP, na STCP no Porto, do Metro de Lisboa e de muitas mais empresas, em que a união dos trabalhadores, organizados no seu sindicato, conseguiram importantes vitórias para a defesa dos seus direitos e dos seus postos de trabalho.
É num quadro de desemprego e precariedade que foi destacada a importância da acção nas empresas e locais de trabalho, da necessidade de organização dos trabalhadores no movimento sindical unitário e de classe, ressalvando o papel dos jovens comunistas, num trabalho de agitação e reivindicação, de conhecimento da realidade e da afirmação da necessidade de não apenas derrotar este governo, mas de derrotar as política de direita, abrindo caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
Nas intervenções finais, ficou a ideia de que cada pequena luta e cada pequena vitória, “cada pedrinha que metemos na engrenagem (do sistema)”, é um avanço enorme para a construção de uma alternativa, destacaram-se os avanços significativos na organização da juventude trabalhadora, apesar de todas as dificuldades que os jovens encontram para se organizarem, e deixaram-se calorosas palavras sobre a alegria de viver e de lutar e da felicidade pela qual todos os comunistas lutam, palavras essas constantemente presentes no dia-a-dia da organização revolucionária da juventude, a JCP.
Tempo houve ainda para falar e apelar à participação de todos os jovens trabalhadores nas futuras acções de luta, como é o caso da Marcha Nacional de 23 a 28 de Março, convocada pelo Conselho Nacional da CGTP-IN, sob o lema “Juventude em Marcha – Trabalho com Direitos! Contra a precariedade e exploração”, culimando com uma Manifestação em Lisboa, no dia 28 de Março, Dia Nacional da Juventude.
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| Juventude Comunista Portuguesa 2010-2014 |
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