Centenas em defesa do direito a estudar

(data: 26.11.2015)

A Juventude Comunista Portuguesa saúda os estudantes do Ensino Superior que resistem e lutam pelo seu direito a um Ensino Superior Público, Gratuito, Democrático e de Qualidade, tal qual como inscrito na lei fundamental, na Constituição da República Portuguesa.

No dia 26 de Novembro, estudantes do Porto, Lisboa, Vila Real, Braga, Bragança, Almada, Aveiro, Algarve, Coimbra e Évora, respondendo ao apelo de diversas estruturas e associações estudantis, organizaram acções de denúncia e protesto em torno de problemas como a falta de condições pedagógicas fruto de insuficiências no pessoal docente e não docente, assim como nas infraestruturas e outros materiais; as propinas, taxas e emolumentos; as bolsas de estudo insuficientes e sucessivamente atrasadas; o abandono escolar e os milhares que são obrigados a trabalhar ou a endividar-se para continuar a estudar.

As inúmeras acções e as centenas de estudantes envolvidos de Norte a Sul do país demonstram que os estudantes não aceitam a situação de subfinanciamento das instituições e que o momento político que vivemos no nosso país exige toda a luta, de forma a efectivar uma mudança de políticas, que ponha fim ao caminho de elitização e mercantilização da educação.

Da parte da JCP, reafirmamos que tudo faremos para que as reivindicações dos estudantes sejam ouvidas. Continuaremos comprometidos com a luta dos estudantes e apelamos a que esta se intensifique como forma de garantir, na prática, uma mudança de políticas para o Ensino Superior.

O Secretariado da Direcção Central de Ensino Superior (DCES) da JCP

UE em luta

(data: 20.11.2015)

A JCP saúda e está solidária com todos os estudantes da Universidade de Évora e em particular com os que no dia 18 deste mês, no pólo dos leões na Universidade de Évora (UE), realizaram uma acção de luta a exigir mais e melhores condições para o seu direito a estudar.

A partir do movimento de estudantes universitários “UÉ PARA TODOS” realizou-se uma concentração no pólo dos Leões reivindicando um bar público, o aumento de bolsas, aumento de vagas nas residências, o fim das propinas, aumento de pessoal docente e não-docente e a melhoria das condições materiais e humanas na UE onde ficou notória a gravidade do estado do edifício de teatro que há dezenas de anos está para ter obras e que sucessivamente são adiadas.
Os problemas dos estudantes só se resolvem com a intensificação e ampliação da luta. Assim apelamos a que os estudantes da Universidade de Évora se juntem e estejam unidos na defesa dos seus direitos na conquista de um ensino superior de Abril, gratuito e de qualidade.

A Organização Regional de Évora, 20.11.2015

 

 

Jovens comunistas alvos de acção anti-democrática, desta vez na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa

No passado dia 13 de Novembro, dois militantes da Juventude Comunista Portuguesa encontravam-se a dinamizar uma acção de propaganda de afirmação do 36.º aniversário da Juventude Comunista Portuguesa na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, ou seja, uma acção de propaganda política num local público.

Perante esta iniciativa, os militantes comunistas foram alvo da acção abusiva e ilegal por parte da GNR, tendo sido indevidamente abordados, revistados, algemados, detidos e levados para a esquadra. Salienta-se igualmente a conivência da Direcção da FCT/UNL em todo este procedimento e também na iniciativa de chamar as forças de autoridade para impedir o exercício de um direito.

Referir que este é mais um entre tantos outros casos que têm ocorrido com vários jovens em escolas, locais de trabalho e outros espaços, em contextos em que dinamizam seja acções de propaganda política, seja no âmbito do direito de reunião, associação, organização ou manifestação, direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa conquistados pelo povo português na luta pela liberdade.

A Juventude Comunista Portuguesa condena todas estas acções de claro ataque às liberdades e direitos democráticos, e em particular esta actuação das forças da autoridade que partindo de ordens da Direcção da FCT/UNL, mais não pretendem que intimidar e limitar a acção política da juventude que se organiza e age em defesa dos seus direitos.

A Juventude Comunista Portuguesa saúda os milhares de jovens que todos os dias, debaixo de enormes pressões e chantagem, não abdicam dos seus direitos e os exercem. A JCP reafirma que estará todos os dias pelos valores da democracia que foram duramente conquistados com a Revolução de Abril e repudia todas as acções anti-democráticas que atentem contra os direitos da juventude.

E é por isso que , com orgulho e com o reconhecimento da juventude, a JCP continuará a dinamizar a sua acção e intervenção da forma como fez até hoje, e que continuará a lutar intransigentemente pelos valores da liberdade e da democracia.

Secretariado da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa

Lisboa, 17 de Novembro de 2015