Moção de solidariedade com o povo e a juventude sírios

Tendo em conta os mais recentes desenvolvimentos na República Árabe Síria, com os ataques perpetrados pelo eixo formado por EUA, França e Reino Unido, com o suporte da Nato, da UE e de Israel, contra aquele Estado independente;

Tendo presente que o pretexto para este acto de agressão e guerra assenta numa alegada e não comprovada utilização de armas químicas, baseada em supostas provas, tão credíveis quanto as provas que anteriormente sustentaram a agressão à Jugoslávia – que levou à sua desagregação -, ao Iraque – com a destruição quase completa do seu território -, à Líbia – abrindo caminho às organizações terroristas financiadas pelo imperialismo norte-americano e seus aliados, que se comprovaram monumentais operações de falsificação e mentira;

Considerando que estes ataques correspondem apenas às ambições de domínio hegemónico mundial por parte do Imperialismo e particularmente de domínio de toda a região do Médio Oriente;

Constatando que estes acontecimentos não estão desligados da ofensiva que, um pouco por todo o planeta, o imperialismo norte americano e os seus aliados desenvolvem, agredindo todos aqueles que se lhe oponham, da América Latina a África, da Europa ao Médio Oriente e à Ásia;

Lembrando que este acto agressivo contra a Síria se integra na linha de confrontação mais global dirigida pelo imperialismo norte-americano, que a não ser travada pode originar um conflito de imprevisíveis proporções, e trágicas consequências;

Sublinhando que o eixo de países que agora agride a Síria desrespeitou as Nações Unidas, violando o direito internacional, designadamente procurando impedir a verificação, do que efectivamente se passou no dia 7 de Abril, em Douma;

Lembrando a legítima resistência da Síria, em defesa do seu povo, independência e da integridade territorial perante a operação de desestabilização e agressão levada a cabo por grupos terroristas armados e financiados pelos EUA e pelos seus aliados, que já custou milhares de mortos, imenso sofrimento, grande destruição e milhões de deslocados e refugiados;

A Direcção Nacional da JCP reunida a 14 de Abril de 2018,

–        condena firmemente os ataques perpetrados pelo eixo formado por EUA, França e Reino Unido contra República Árabe Síria;

–        apela aos jovens portugueses e aos jovens de todo o mundo para que manifestem a sua indignação e protesto perante esta agressão ilegal e ilegítima.

–        manifesta a sua solidariedade com a juventude  e o povo Sírios, que desde há sete anos resistem à brutal agressão do imperialismo norte-americano e seus aliados, em defesa dos seus direitos, da sua soberania e independência.

Moção aprovada por unanimidade pela Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa.
14 de Abril de 2018

Saudação à luta dos estudantes das Escolas Secundárias de Braga

Saudação à luta dos estudantes

A JCP saúda a luta dos estudantes das Escolas Secundárias de Braga do passado dia 22 de Março com a participação de centenas de estudantes que se manifestaram oriundos das Escolas Secundárias Alberto Sampaio, Carlos Amarante, Dona Maria II e Sá de Miranda exigindo a resolução de problemas concretos de cada escola. A manifestação que rumou até à Câmara Municipal de Braga carregou as palavras de ordem É só bla bla! Aquecimento já!, Financiamento já demora, Funcionários Agora! entre outras demonstrando a justeza da luta e a defesa da Escola Pública, Democrática, Gratuita e de Qualidade.

Esta luta é tão mais corajosa e importante quanto nos últimos dias se fizeram sentir pressões e chantagens da parte de direcções de várias escolas no sentido de desmobilizarem os estudantes da luta organizada. E, perante estas dificuldades, os estudantes não desarmaram e avançaram com a luta confiantes nos direitos que lhes assistem ao fazerem ouvir a sua voz.

Celebrando da melhor forma o Dia Nacional do Estudante, dia 24 de Março, os estudantes não fizeram esquecer que foi pela luta que se conquistou o direito à Associação de Estudantes nas escolas, mesmo em contextos da mais dura repressão fascista e, seguindo o exemplo dessa mesma luta, exprimiram o seu desejo de livre associação e organização estudantis.

A JCP tem tido conhecimento de muitos exemplos em todo o país pelos quais se tenta limitar e impedir o livre direito à associação e organização dos estudantes. Infelizmente em Braga também isso se verificou na Escola Secundária Sá de Miranda onde os estudantes fizeram exercer o seu direito à reunião geral de alunos na passada segunda-feira, dia 19 de Março, e a Direcção da escola veio argumentar que nesta escola não havia necessidade de fazer RGA, tentou negar a atribuição de espaço para a realização da mesma, e tenta agora negar o direito à relevação das faltas dos estudantes que nela participaram, direito consagrado na lei. A JCP apela aos mais de 130 estudantes que exerceram o seu direito à RGA persistam no cumprimentos dos seus direitos e liberdades associativos.

Saudamos também os estudantes da EB 2,3 Frei Caetano onde 200 estudantes se concentraram ao portão da sua escola no passado dia 21 de Março reinvindicando obras na sua escola.

A JCP apela a todos os estudantes que prossigam com a sua justa luta, nomeadamente no 3º período, até terem os problemas das suas escolas resolvidos, pois a unidade dos estudantes e a sua luta é a única forma de garantirem que os seus direitos se cumprem e que se cumpre a Escola de Abril.

É pela luta que lá vamos!

 

  • Braga, 22 de Março de 2018

Ataques inaceitáveis à Democracia na Golegã

No passado dia 16 de Março de 2018 a Câmara Municipal de Golegã assumiu uma conduta inaceitável e anti-democrática, tendo decidido obrigar os seus funcionários a retirar a propaganda política afixada. Os materiais de propaganda política que tanto incomodam os dirigentes da Câmara Municipal da Golegã correspondem 1) a materiais de afirmação política da Juventude Comunista Portuguesa no âmbito da campanha “Limitam-te? Luta! Juntos pela Democracia nas Escolas” e do Concurso de Bandas para o Palco Novos Valores da Festa do Avante, e 2) propaganda política dos estudantes da Escola Secundária Mestre Martim Correia que divulga uma manifestação de estudantes para o próximo dia 21 de Março cujas reivindicações passam pela necessidade urgente de obras e de aquecimento nas salas de aula.

A afixação de propaganda política é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa e na lei garantindo aos cidadãos a liberdade de expressão, conquista da Revolução de Abril. A JCP não aceita passos atrás nos direitos que o povo português conquistou com a sua luta.

A JCP está solidária com os estudantes da ES Mestre Martins Correia que de forma corajosa têm persistido na defesa dos seus direitos, nomeadamente na defesa da Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade. Num momento em que estes estudantes enfrentam graves condições materiais, a JCP estranha que a principal preocupação da direcção da Escola e dos dirigentes da Câmara Municipal da Golegã seja em torno da afirmação política e a propaganda e não sobre os problemas materiais da escola. A JCP apela a que os estudantes não desistam, se unam e lutem pela resolução dos seus problemas, pois será a sua luta que alcançará resultados contra quaisquer pressões e ameaças.

A JCP continuará na linha da frente da denúncia em todas as escolas do país e na denúncia de quaisquer ataques às liberdades democráticas e ao direito à liberdade de expressão e de propaganda.

Os estudantes unidos jamais serão vencidos e a JCP está solidária que os estudantes façam valer da sua força contra actos anti-democráticos e pela exigência obras imediatas na sua escola e em defesa da Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade para todos na construção de uma grande manifestação já no próximo dia 21 de Março.

Golegã, 16 de Março de 2018

A Comissão Regional de Santarém da JCP