Saudação à luta dos estudantes da Escola Artística António Arroio

A JCP saúda a luta dos estudantes da Escola Artística António Arroio realizada no dia 30 de Novembro de 2018, desde o portão da escola até à Assembleia da República pela realização de obras. Há anos que os estudantes lutam e reivindicam a conclusão das obras na escola, interrompidas há 8 anos e que ilustram o estado das escolas secundárias, com necessidades urgentes de intervenção. Desde então que a escola não tem refeitório e tem apenas um bar que não dá resposta às necessidades dos estudantes, para além da falta de condições das infraestruturas da escola. É por isso urgente mais financiamento para o ensino básico e secundário, permitindo a realização de obras nas várias escolas em que existe esta necessidade. Esta situação é fruto das políticas de desinvestimento na educação de sucessivos
governos PS, PSD e CDS, que têm consequências desastrosas nas condições materiais e humanas das escolas.

No seguimento das inúmeras acções de luta realizadas ao longo dos últimos anos pelos
estudantes desta escola, já foi inclusivamente anunciada no passado ano lectivo a
disponibilização de verbas para a realização de obras mas o cenário em que a escola funciona exactamente nas mesmas condições mantém-se e torna-se incomportável para os estudantes.

Este é um problema que a JCP tem identificado ao longo dos anos. No quadro da Assembleia da República, o PCP apresentou já por diversas vezes propostas que vão no sentido das obras
nesta escola, bem como nas várias escolas com
necessidade de intervenção.

A JCP está solidária com esta acção de luta e apela à intensificação da luta organizada dos estudantes em cada escola pela resolução dos seus problemas, sendo certo que será este o caminho para a efectivação das obras na Escola Artística António Arroio.

Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora

             Pelo trabalho estável e com direitos:               Mais organização, Mais Luta!

19 Janeiro 2019 – 10:00 Clube Ferroviário

No dia 19 de Janeiro, a JCP organiza o Encontro Nacional Da Juventude Trabalhadora, no Clube Ferroviário, em Lisboa. Muitos serão os temas debatidos neste dia. Desde os baixos salários, ao trabalho sem contrato, aos contratos a prazo, à repressão e pressão nos locais de trabalho, à precariedade que a juventude atravessa, entre outros temas. Trataremos neste Encontro de ouvir, discutir ideias e linhas de acção que estimulem a luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho da juventude.

Encontro que já está a ser discutido um pouco por toda a parte, através do
documento de apoio que está a ser entregue aos jovens trabalhadores, onde nos tem sido dada a conhecer a realidade nos locais de trabalho, as perspectivas de organização, recrutamento e de luta. No contexto que os jovens trabalhadores atravessam, marcado pela precariedade e baixos salários, é de especial importância que haja momentos como este em que os jovens encontram noutros jovens, de todos os lados do país, situações idênticas às suas nos locais de trabalho, discutam e vejam a melhor forma, através da organização e  da luta, de conquistarem direitos nos seus  locais de trabalho.

Num contexto em que aos jovens é cada vez mais difícil terem este tipo de discussão, onde é reprimida a sua filiação e participação no seu sindicato de classe, onde a ofensiva ideológica é cada vez maior, este Encontro assume especial importância para ouvir, esclarecer e mobilizar mais jovens deste país para que estes vejam na JCP e no PCP a alternativa necessária de que o país precisa.

Aos jovens deste país afirmamos que é possível e urgente um rumo diferente, onde não haja precariedade, onde o trabalho seja valorizado com salários dignos, onde os trabalhadores se possam organizar sem repressão por parte do patronato, onde haja horários que nos deixem desfrutar do nosso tempo livre, onde possamos começar uma vida e constituir família.

Apelamos a todos os jovens que querem uma vida melhor no seu país, com condições, tempo para viver e realizar-se pessoalmente que apareçam neste Encontro para que sejam ouvidos, para que tragam as suas realidades e para que conheçam as propostas e alternativas que a JCP e o PCP colocam ao nosso país.

Documento de apoio à discussão

Clube Ferroviário, Lisboa

Ataques inaceitáveis à Democracia na Golegã

No passado dia 16 de Março de 2018 a Câmara Municipal de Golegã assumiu uma conduta inaceitável e anti-democrática, tendo decidido obrigar os seus funcionários a retirar a propaganda política afixada. Os materiais de propaganda política que tanto incomodam os dirigentes da Câmara Municipal da Golegã correspondem 1) a materiais de afirmação política da Juventude Comunista Portuguesa no âmbito da campanha “Limitam-te? Luta! Juntos pela Democracia nas Escolas” e do Concurso de Bandas para o Palco Novos Valores da Festa do Avante, e 2) propaganda política dos estudantes da Escola Secundária Mestre Martim Correia que divulga uma manifestação de estudantes para o próximo dia 21 de Março cujas reivindicações passam pela necessidade urgente de obras e de aquecimento nas salas de aula.

A afixação de propaganda política é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa e na lei garantindo aos cidadãos a liberdade de expressão, conquista da Revolução de Abril. A JCP não aceita passos atrás nos direitos que o povo português conquistou com a sua luta.

A JCP está solidária com os estudantes da ES Mestre Martins Correia que de forma corajosa têm persistido na defesa dos seus direitos, nomeadamente na defesa da Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade. Num momento em que estes estudantes enfrentam graves condições materiais, a JCP estranha que a principal preocupação da direcção da Escola e dos dirigentes da Câmara Municipal da Golegã seja em torno da afirmação política e a propaganda e não sobre os problemas materiais da escola. A JCP apela a que os estudantes não desistam, se unam e lutem pela resolução dos seus problemas, pois será a sua luta que alcançará resultados contra quaisquer pressões e ameaças.

A JCP continuará na linha da frente da denúncia em todas as escolas do país e na denúncia de quaisquer ataques às liberdades democráticas e ao direito à liberdade de expressão e de propaganda.

Os estudantes unidos jamais serão vencidos e a JCP está solidária que os estudantes façam valer da sua força contra actos anti-democráticos e pela exigência obras imediatas na sua escola e em defesa da Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade para todos na construção de uma grande manifestação já no próximo dia 21 de Março.

Golegã, 16 de Março de 2018

A Comissão Regional de Santarém da JCP