Entrevista com jovens desempregadas
Marcha Contra o Desemprego
12-Out-2012
marcha_dia3_40_1.jpgA CGTP-IN tem vindo a realizar uma Marcha Contra o Desemprego, que partiu simultaneamente de Braga e Faro, no passado dia 5 de Outubro, e que terminará com uma grande manifestação de encerramento em Lisboa, este sábado, dia 13 de Outubro.
 
Esta Marcha tem envolvido largos milhares de trabalhadores e de desempregados, muitos deles jovens, que nas empresas e nas ruas lutam pelo direito ao trabalho com direitos, contra o desemprego, e que exigem uma mudança de política, uma verdadeira alternativa patriótica e de esquerda que ponha fim ao desastre que os sucessivos governos PS/PSD/CDS têm condenado o país.
 
A JCP quis saber mais sobre a Marcha, e perguntou a duas jovens desempregadas, Inês Laranjeira e Deolinda Zacarias, que têm percorrido, a norte e a sul, a Marcha desde o seu início, a opinião delas sobre esta iniciativa da CGTP-IN.

ins_marcha.jpgInês Laranjeira - marchante da Coluna Norte
 
 
1 - Que razões te levaram a participar na Marcha Contra o Desemprego da CGTP-IN?
 
Em primeiro lugar porque as taxas de desemprego do nosso país já são altíssimas, e com as medidas anunciadas por este governo vão agravar-se ainda mais; porque cada vez mais jovens se encontram em situações desesperantes e para poder sobreviver se vêem obrigados a sair do seu país; porque a maioria dos desempregados são mulheres; porque estes desempregados muitas vezes não têm direito a nenhum apoio social, vendo afectada a sua sobrevivência e/ou dependência; e porque muitos trabalhadores, mesmo tendo trabalho, vêem cada vez mais os seus direitos atacados.
 
O desemprego não é uma oportunidade, é um problema do país que exige solução. A resposta a este problema é, sem dúvida alguma, a luta organizada e a união dos trabalhadores para derrubar esta política de direita!
 
2 - Que achas da participação dos jovens trabalhadores nesta Marcha?
A participação de todos é importante, só unidos e organizados somos mais fortes e poderemos resistir a este roubo aos nossos direitos.
 
3 - Como é que tem sido a recepção das pessoas à Marcha, por onde tem passado?
Em todos os distritos por onde a "Coluna Norte" da Marcha tem passado as pessoas têm demonstrado o seu apoio. Muitas saem à rua e ficam sensibilizadas com esta luta. Nas empresas há também muitos trabalhadores, como foi no caso da UNITEF e da COFISA, que se juntam a nós e lutam também contra estes ataques aos seus direitos.
 
4 - A Marcha termina "realmente" em Lisboa... ou a luta continua?
Esta luta não termina. Exigimos respostas a estes problemas, e não vamos desistir. Não podemos desistir do nosso futuro, do nosso país, dos nossos sonhos. A marcha não pára, a luta continua nas empresas, nas ruas, nas escolas!

 
deolinda_marcha.jpgDeolinda Zacarias - marchante da Coluna Sul

1 - Que razões te levaram a participar na Marcha Contra o Desemprego da CGTP-IN?
 
A Marcha do Desemprego é a expressão do povo e dos trabalhadores que actualmente enfrentam situações de desemprego e trabalho precário, tudo isto fruto de uma política que desde há 36 anos para cá tem vindo a ser sucessivamente praticada pelos governos PSD/CDS e PS, e agora se agravou devido às medidas de "austeridade" que acrescentam recessão económica e destruição de postos de trabalho.
 
A grave situação em que o país se encontra tem provocado um aumento do desemprego e um ataque brutal aos trabalhadores e ao povo português. Sentindo na pele as consequências destas políticas, enquanto jovem, licenciada e desempregada, e porque acredito que "Portugal tem futuro" e que está na mão do povo e dos trabalhadores mudar o rumo deste país, por uma política diferente, por melhores condições de vida, mais emprego, melhores salários, contra o desemprego e a precariedade, decidi juntar a minha voz a esta Marcha Contra o Desemprego, pois é preciso dizer: NÃO! NÃO AO DESEMPREGO, NÃO À EXPLORAÇÃO, NÃO AO EMPOBRECIMENTO, NÃO AO TRABALHO PRECÁRIO!
 
2 - Que achas da participação dos jovens trabalhadores nesta Marcha?
A juventude é uma das camadas sociais que mais tem sofrido com as medidas da dita "austeridade" que são implementadas no nosso país, sendo dos mais afectados pelo desemprego. Na passagem pelas localidades sentimos uma enorme força, participação e solidariedade dos jovens para com esta Marcha. Destaco a nossa passagem pela Vidigueira (concelho de Beja) com a forte participação dos estudantes da Escola Profissional Fialho de Almeida - participação que considero muito positiva pela forma como se juntaram a nós, e como nos abordaram sobre algumas questões.
 
E se a juventude é o futuro do nosso país é preciso que não baixemos os braços, e demonstrarmos o nosso descontentamento com a situação actual e futura do nosso país caso as medidas de "austeridade" continuarem a ser praticadas.
 
3 - Como é que tem sido a recepção das pessoas à Marcha, por onde tem passado?
 
A recepção das pessoas à Marcha tem sido bastante positiva. O povo sente-se revoltado e tem-nos recebido calorosamente, participado e mostrado solidariedade. Contam-nos as suas "estórias", lamentam-se pelas dificuldades e dizem-nos que não podemos deixar de lutar. Uns apoiam-nos das janelas das suas casas, outros vêm à porta ou saiem do local de trabalho para nos aplaudir e gritar connosco, mas muitos juntam-se a nós e fazem o percurso connosco. Penso que esta Marcha está a superar todas as expectativas pela positiva. Embora a Comunicação Social continue a "abafar" a realidade, a verdade é que o país está realmente descontente, quer uma política diferente, está farto de ser roubado e sente que é hora de mudança.

4 - A Marcha termina "realmente" em Lisboa... ou a luta continua?
 
A Marcha termina em Lisboa, mas A LUTA CONTINUA, nas empresas e na rua, porque "Portugal tem Futuro" e só a LUTA é o CAMINHO para uma política patriótica e de esquerda.

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