Sob o lema “Apitar é lutar pelo direito a estudar” os estudantes mostraram que não se vergam perante a ofensiva ao seu direito a estudar e que se reflecte nas dificuldades sentidas pelos estudantes todos os dias nas escolas do nosso país: há estudantes sem manuais escolares, continuam a faltar professores e funcionários, há cantinas a serem privatizadas (com reflexos na qualidade e na quantidade na comida), escolas com obras paradas e a obrigatoriedade de três anos de matéria nos exames nacionais, vêm aprofundar o carácter de barreira e exclusão no acesso ao Ensino Superior.

 

Desde 2011, foram infligidos cortes de mais de dois milhões de euros — só este ano foram 704 milhões que foram roubados aos estudantes do Ensino Básico e Secundário —, cortes contra os quais lutaram escola a escola os estudantes do Ensino Secundário. Uma luta que se tem desenvolvido de forma intensa e corajosa, nas escolas e nas ruas, e que assumiu no dia 29 de Abril mais um momento alto da sua expressão. Mesmo com o fim do ano lectivo à vista, com uma sobrecarga horária com testes, avaliações e preparação de exames, os estudantes não desarmam e demonstram que a unidade e a luta são o caminho para a efectivação do seu direito a estudar.

 

A JCP apela a todos os estudantes que não baixem os braços, que se unam e continuem a luta nas escolas e nas ruas para a concretização da escola a que temos direito, porque a Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade é uma conquista de Abril — com a  luta a conquistámos, com a luta a defendemos.

A Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP.