dia do estudante
JCP saúda as acções de luta dos estudantes do Ensino Superior no dia 24 de Março
30-Mar-2015

A Juventude Comunista Portuguesa saúda as várias acções de luta dos estudantes portugueses que se realizaram no dia 24 de Março, Dia do Estudante.

Coimbra

Em Coimbra houve uma arruada que culminou num cordão humano em torno da sede da AAC, no qual mais de cinco centenas de estudantes se manifestaram, partindo das suas escolas rumo ao local de concentração, demonstrando o seu protesto face à actual situação do Ensino Superior. A esta acção, convocada pela Associação Académica de Coimbra, associaram-se ainda várias AAEE do Politécnico de Coimbra.
 
Lisboa
Em Lisboa, várias AAEE convocaram uma manifestação que juntou cerca de 150 estudantes, que terminou com uma iniciativa de celebração e luta na Praça Luís de Camões, com concertos, pintura de um mural e diversas intervenções que denunciaram a situação que se vive nas escolas de graves carências nas condições materiais e humanas, assim como o abandono escolar e as grandes dificuldades económicas de muitos estudantes, fruto da política de ataque ao Ensino Superior Público. Houve ainda iniciativas em várias escolas, com acções simbólicas e afixação de cartazes que denunciam os problemas de cada instituição.
 
PortoNo Porto, num protesto convocado por várias AAEE, dezenas de estudantes manifestaram-se pelas ruas da cidade, exigindo mais financiamento para o Ensino Superior, mais ASE, e o fim da política de ataque ao Ensino Superior. Sob o lema “Vamo mandar ao ar estas políticas!”, a acção terminou com uma actuação de uma tuna e uma largada de balões. 

Em Braga, algumas dezenas de estudantes concentraram-se junto ao local onde o primeiro-ministro e outros membros do Governo realizavam um almoço com algumas federações estudantis, denunciando esta provocação ao movimento associativo estudantil e aos estudantes portugueses, e rejeitando o papel assumido pelas estruturas que decidiram aceitar este infame convite.

Na Faculdade de Ciências e Tecnologias da UNL, em Almada, os estudantes pintaram e afixaram uma faixa preta para assinalar o Dia do Estudante e no Instituto Politécnico de Setúbal dezenas de estudantes preencheram um caderno com reivindicações e colocaram uma faixa sobre o Dia do Estudante.
 
Algarve
Na Universidade do Algarve foram afixados cartazes com as reivindicações dos estudantes, sendo também distribuídos documentos com apelo ao reforço da luta; esta foi também a forma dos estudantes assinalarem o seu dia na Universidade de Évora, onde dezenas de cartazes e faixas foram afixados, e centenas de documentos distribuídos, denunciando os vários problemas, e muitos estudantes penduraram as suas capas nas varandas das suas casas em forma de protesto e celebração do 24 de Março. Também se distribuíram documentos na ESART de Castelo Branco, no Instituto Politécnico de Beja, na Escola Superior de Educação (ESE), na Escola Superior de Tecnologias e Gestão (ESTG) e na Escola Superior Agrária (ESA) de Santarém.

Santarem

Na ESA de Santarém houve ainda uma concentração promovida pela Associação de Estudantes na qual participaram algumas dezenas de estudantes.

Na Universidade dos Açores, a Associação Académica promoveu uma distribuição de documentos sobre o 24 de Março e uma conferência de imprensa, na qual se denunciou os problemas dos estudantes açorianos, nomeadamente os elevados custos de ensino, a falta de bolsas e apoios sociais, que pesam sobretudo aos estudantes deslocados.

Estas acções realizadas pelos estudantes por todo o país, que no seu conjunto envolveram largas centenas de estudantes, demonstram o grande descontentamento que se vive nas escolas face à política de ataque ao Ensino Superior público, que promove a sua destruição, a sua elitização e privatização. No conjunto destas acções, foi expressa a luta contra as propinas e o seu sucessivo aumento, contra os cortes nas bolsas e outros apoios sociais, como o passe escolar, contra os encerramentos de cantinas e a falta de condições materiais e humanas nas escolas e nos serviços administrativos e de ASE, contra as taxas e emolumentos e os elevados custos do ensino, contra a desvalorização e descriminação do Ensino Superior Politécnico, contra o RJIES, o Processo de Bolonha e as mais recentes medidas que visam aprofundar os ataques à democracia e a elitização do Ensino.

A JCP saúda as diversas iniciativas de celebração do Dia do Estudante e o carácter de luta com expressão a nível nacional que tiveram, valorizando o conjunto de acções de luta que precederam este 24 de Março, desde lutas em cada escola por questões específicas até concentrações regionais de estudantes, e que fizeram deste mês de Março um mês de luta, apesar dos imensos entraves à participação democrática e à luta causados pela actual situação que os estudantes enfrentam e pelos ataques à democracia nas escolas. Os estudantes e as associações verdadeiramente comprometidas com a defesa dos seus interesses souberam dar a resposta necessária perante a actual situação e dazer deste dia 24 de Março um dia de luta, dos estudantes e para os estudantes, rejeitando as infames manobras do governo e daqueles que, dizendo-se representantes dos estudantes,  pretendem vir a sentar-se à mesma mesa mas do lado dos governos da política de direita. Tal como afirmaram os estudantes comunistas numa Moção aprovada na 15ª Conferência Nacional do Ensino Superior da JCP, que se realizou no passado dia 14 de Março em Coimbra, “ Este é o nosso dia, o dia de todos os estudantes, e quer o Governo o queira quer não, será um grande dia de luta”.

A JCP apela à continuidade e ao reforço da luta dos estudantes, certos de que só pela luta os estudantes se farão ouvir. Luta que irá continuar até ao final do ano lectivo, procurando impor vitórias aos estudantes nas questões concretas de cada escola.

Apelamos ainda à participação de todos os estudantes descontentes com a actual situação do Ensino Superior, todos aqueles que consideram o Ensino Superior Público, gratuito, de qualidade, democrático e para todos uma componente fundamental de um país desenvolvido e soberano, a participarem na grande marcha de dia 6 de Junho “A força do povo”, e a que todos na rua lutemos  por um Ensino Superior público, gratuito e de qualidade, num Portugal com futuro! Uma marcha de protesto, mas também de afirmação de soluções para o país e da confiança na alternativa patriótica e de esquerda que só a CDU está em condições de pôr em prática.

Viva o Dia do Estudante!


A Direcção Central de Ensino Superior da Juventude Comunista Portuguesa

Lisboa, 28 de Março de 2015

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