NOTA DE IMPRENSA Sobre os ataques ao Ensino Superior na Univ. de Évora
12-Mar-2008
Em resposta aos sucessivos ataques ao Ensino Superior Público e às recentes afirmações por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de que a Universidade de Évora terá de despedir 200 professores nos próximos 3 anos, e que o aumento das receitas internas (aumento das propinas) será o caminho a percorrer para assegurar o funcionamento da mesma, o Colectivo do Ensino Superior de Évora da Juventude Comunista Portuguesa, vem desta forma denunciar estes e outros ataques que estão a ser feitos à Universidade de Évora, aos professores, aos funcionários, e aos estudantes.
Muitos são os problemas levantados com a introdução do Processo de Bolonha, desde as falsas equivalências que se mostram um fracasso e um entrave ao avanço normal dos estudos por parte dos estudantes que receberam este mesmo processo a meio das suas licenciaturas, levando a que estes a tivessem que realizar muitas outras cadeiras porque as já feitas por e simplesmente de nada valem em Bolonha, à falta de coerência nos métodos de avaliação adoptada pelos diversos departamentos na adaptação dos critérios de Bolonha, ao fim dos mestrados integrados, passando pelo excluir dos estágios reconhecidos e também, de referir, são os preços exorbitantes dos mestrados, chegando a 3 mil euros em muitos casos.

A JCP encara que este é um dos maiores ataques de sempre ao Ensino Superior Público e democrático, que as medidas aplicadas pelo MCTES mais não visam que a elitização da conclusão com sucesso dos estudos e do acesso ao 2º ciclo por parte dos estudantes.

Em consequência dos sucessivos cortes orçamentais a Universidade de Évora encontra-se numa posição muito complicada, que aos olhos do Governo PS para além do gravíssimo de não assumir as suas responsabilidades, a solução dada passa por reduzir as despesas internas (despedimento de 200 funcionários no espaço de 3 anos) e pelo aumento das receitas internas (aumento das propinas).

São de referir ainda outros tantos ataques que são feitos aos alunos como: as condições materiais numa série de pólos da nossa universidade se agravam; a falta de materiais em alguns cursos; os transportes para os pólos mais distantes do centro da cidade representam um entrave ao deslocamento dos estudantes; o fecho da cantina das alcaçarias com falsa promessa de reabertura desde o ano lectivo passado, que leva muitos estudantes a não garantir a presença nas aulas das 14h por falta de local próximo e acessível do ponto de vista financeiro para realizarem o seu almoço e a obrigatoriedade de comprar as senhas para as refeições no dia interior, o que levou a que uma grande parte dos alunos tivessem de deixar de comer na cantina.

A JCP considera que esta é uma situação inaceitável, que para além do agravar das condições com a entrada do processo de Bolonha em vigor, se assista novamente a um aumento das propinas, e recorda que a propina não tem e nunca teve na sua essência a satisfação de necessidades das universidades, que mais não são que competências do Estado perante o Ensino Público.

Em solidariedade com todos os estudantes da Universidade de Évora o Colectivo da Universidade de Évora da JCP vem por este meio afirmar mais uma vez que está e estará do lado dos interesses e anseios dos estudantes e na luta organizada contra as políticas deste Governo PS.

Perante tal ataque a JCP afirma que só a luta poderá por um travão à escalada de ataques ao Ensino Superior Público e democrático.

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