«Nós só temos um milhão e 100 mil pessoas com o 12.º ano ou grau de ensino superior, o que, costumo dizer, é um fraco exército para o desígnio nacional e necessidades do país», referiu Realinho de Matos, citado pela Agência Lusa. O responsável apontou o 12.º ano como referencial de qualificação. Neste número não está incluída a administração pública, que representa outras 370 mil pessoas com 12.º ano ou mais. Entretanto, na quinta-feira foi publicado um estudo do Observatório do Ensino Superior que revela que, entre os anos lectivos 2002/3 e 2005/6, esta área educativa perdeu 33519 alunos, sobretudo nos cursos de formação de professores e de ciências da educação. As universidades privadas perderam 29040 alunos entre 1997/98 e 2005/6 (24 por cento), enquanto o ensino superior público ganhou estudantes, passando de 226642 para 275521 matrículas durante o mesmo período. Os estudantes dos institutos politécnicos aumentaram nove por cento (passou de 99608 para 133997 estudantes), enquanto no ensino universitário diminuíram em quase seis por cento (menos 14550 matrículas).

in Avante! nº 1736, 08 de Março.2007