A Juventude Comunista Portuguesa saúda a luta intensa que tem sido travada pela juventude grega, contra os ataques aos seus direitos, agravados pelos sucessivos pacotes de austeridade impostos ao povo grego.

Saudamos com particular alegria a greve geral dos últimos dias 19 e 20 de Outubro, em que milhares de trabalhadores e jovens trabalhadores se uniram na paralisação do país e em grandes manifestações. Saudamos o papel dos nossos camaradas da Juventude Comunista Grega (KNE) que, ao lado do seu Partido (KKE), representa uma força essencial da dinamização da luta no seu país. A dimensão, coragem e combatividade destes protestos demonstram que na Grécia como em Portugal, a juventude e os trabalhadores não estão dispostos a aceitar o rumo de destruição de direitos laborais, e restantes direitos sociais, de aprofundamento da exploração e degradação profunda das condições de vida de quem trabalha, entregando a soberania nacional aos ditames das União Europeia e FMI, e grandes somas de dinheiro público aos bancos.

Saudamos as organizações sindicais que de forma continuada e consequente têm organizado a luta na Grécia, possibilitando o grande sucesso da jornada destes últimos dois dias.

Repudiamos as provocações protagonizadas contra os manifestantes organizados pelas organizações sindicais, que pacificamente protestavam em frente ao Parlamento grego. Estas movimentações são um claro sinal de que o que mais incomoda o capital não é a luta, mas a luta organizada.

Lamentamos o falecimento de um sindicalista, enviando as mais sinceras condolências aos seus familiares e camaradas.

Denunciamos o facto de a comunicação social no nosso país se ter cingido a relatar esta importante jornada de luta dos trabalhadores gregos, mencionando exclusivamente os pretensos confrontos entre manifestantes e polícia, procurando descredibilizar uma luta expressiva que contou com o envolvimento de centenas de milhares de trabalhadores, de contestação às mesmas políticas contra as quais lutamos em Portugal.

Sabemos que esta manipulação dos factos tem como objectivo desmoralizar e incutir o medo naqueles que se preparar para organizar as grandes lutas que se avizinham. A todos os jovens portugueses que se sentem atingidos por estas políticas de desastre nacional: não se resignem, a única coisa a temer é o conformismo. Apelamos a que se organizem  e lutem nas escolas, nos locais de trabalho e nas ruas, se mobilizem em torno das pequenas e grandes lutas em curso com particular destaque para a Greve-Geral do próximo dia 24 de Novembro, sabendo que o melhor contributo que podemos dar para a solidariedade para com a juventude grega, é dinamizar a luta e travar a ofensiva de desastre nacional.

Secretariado da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa