nota de imprensa
Sobre a obrigatoriedade imposta aos estudantes de realizarem todos os exames nacionais na 1ª fase
17-Fev-2012
bannerexames.jpgSobre a obrigatoriedade imposta aos estudantes do ensino básico e secundário de realizarem todos os exames nacionais na primeira fase, a Organização do Ensino Secundário da Juventude Comunista Portuguesa afirma o seguinte:
 
É com o objectivo de reduzir despesas e de determinar uma selecção mais apertada na entrada no ensino superior que o Ministério da Educação vem impor aos estudantes uma enorme restrição no seu calendário. Sem dúvida que esta medida trará resultados ainda mais negativos nos exames nacionais reforçando esta barreira na progressão dos estudos, que se acentua ainda mais, quando os estudantes têm que pagar uma taxa por cada exame que tiverem que repetir na 2ª fase, sendo injusto e penalizador para os estudantes que não são das famílias mais ricas.

Não aceitamos que o ensino seja feito em função da preparação dos exames nacionais, que não se tenha em conta nem condições sociais e económicas dos estudantes nem o ritmo de aprendizagem de cada aluno. É inaceitável que em conjunto com esta imposição de calendário venham anunciar o aumento da dificuldade das provas, caminhando a passos largos para o desvirtuamento da aprendizagem. Utilizam os exames nacionais como barómetro de qualidade do ensino, sem querer ter em conta o real conhecimento adquirido. Reduzir a avaliação dos estudantes em 2 horas pelo que faz em anos de trabalho é injusto e só contribui para um ensino de memorização e não de aprendizagem e formação dos estudantes como indivíduos plenos e cidadãos preparados para contribuir para o desenvolvimento que o pais precisa
 
Reafirmamos que os exames nacionais são uma autêntica barreira na progressão dos estudos, um filtro de acesso ao ensino superior que em nada nivela e uniformiza o ensino, como os sucessivos ministérios têm afirmado. Com os exames nacionais e o limite de vagas de acesso ao ensino superior, ao longo dos anos, milhares de estudantes não chegaram a prosseguir estudos e milhares sujeitaram-se a cursos que em nada correspondem às suas aspirações nem às necessidades do país.
 
É inaceitável que os estudantes tenham que recorrer a explicações privadas e a outros materiais de apoio que não o manual escolar para garantir nota positiva no exame, pondo claramente em desigualdade os estudantes com menos condições económicas.No entender da JCP, as turmas sobrelotadas, a falta de professores, a falta de condições materiais das escolas agravada com os cortes orçamentais deste ano, assim como o agravar da situação económica e social das famílias, têm posto em causa a qualidade de ensino e o sucesso escolar.
 
A JCP continuará a luta pelo fim dos exames nacionais, pela garantia de uma verdadeira avaliação contínua, que tenha em conta o desempenho e evolução do estudante ao longo dos anos; o fim progressivo dos numerus clausus tendo em conta as aspirações do estudante e as necessidades do país.

A Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP
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