Também na organização da JCP, a criação de colectivos nos locais de trabalho deve ser a linha central de organização dos jovens trabalhadores.

A mobilização e organização da luta dos trabalhadores nas empresas é um passo fundamental para desencadear e aprofundar a sua consciência de classe. Os trabalhadores passam a maior parte do seu tempo nos locais de trabalho, laborando lado a lado com os seus colegas. Assim, os laços de solidariedade de classe são reforçados pela partilha da condição de explorados e assalariados, mas também pelas acções desencadeadas na defesa dos seus interesses económicos e laborais.

Face à estratégia ideológica do grande capital “alienação / divisão / manipulação” os trabalhadores só podem responder com a unidade da luta organizada. Se o novo estatuto de “colaborador” não passa do secular estatuto de explorado, se o “empregador” mais não é do que o patrão, então nada mais actual e importante que a criação de colectivos de empresa para combater esta realidade de exploração. Porque o seu objectivo fundamental é “consciencializar os trabalhadores, uni-los em torno dos seus interesses e anseios comuns, organizá-los para a luta contra a exploração de que são vítimas, pelas suas aspirações”. A formação do colectivo de empresa fica, desde logo, garantida com a existência de dois camaradas no mesmo local de trabalho.

A reunião do colectivo é o espaço de discussão sobre a situação existente numa determinada empresa, desde os assuntos internos (reforço do organismo, formação ideológica dos membros) aos assuntos referentes ao meio envolvente (desenvolvimento da acção dos trabalhadores em geral).

Para intervir transformando, o colectivo tem que garantir a unidade, orientar a actividade, e ligar as massas trabalhadoras. Assim, o colectivo da JCP tem um papel fundamental como elo de ligação à vida de uma determinada empresa, afirmando desta forma o ideal comunista.

A acção colectiva travada pelos trabalhadores contra a exploração e repressão patronal permite compreender o papel e a força da unidade e da organização, a importância da luta por reivindicações concretas que são unificadoras dos trabalhadores, a determinação para a construção de uma nova sociedade sem antagonismos de classe, uma sociedade mais justa e igual, socialista!