Reabertura das cantinas já! Contra a privatização e em defesa da Acção Social Escolar.
07-Jan-2015
 
O subfinanciamento do Ensino Superior tem levado à falta de professores, encerramento de disciplinas e cursos; à redução de funcionários; à falta de manutenção/obras dos espaços; à redução de qualidade das cantinas e até ao seu encerramento; ao aumento do abandono escolar por milhares de estudantes.
 
Os objectivos da política de direita que PSD, CDS e PS têm desenvolvido são muito claros e em causa ficam o direito à Acção Social Escolar; o encerramento de um serviço público com graves consequências para os trabalhadores; um serviço público, fundamental na vida dos estudantes, entregue aos grupos privados.
 
Exemplo das consequências desta politica de encerramentos e privatização das cantinas sociais são as cantinas da FCUL, do ISEG e do IST, encerradas desde o fim do ano passado - altura em que acabou o contrato com as empresas que exploravam estas cantinas. O fecho destas cantinas anunciado como indefinido para a FCUL e uma solução prejudicial ao interesse dos estudantes no ISEG, onde a cantina vai passar a ser explorada por outra empresa no sentido do aprofundamento da privatização. Apenas a cantina do IST é que voltará a ser pública, resultado também das sucessivas lutas e pressões que os estudantes do IST têm travado ao longo do ano.
 
Por todo o país, em várias instituições do Ensino Superior, o Governo tem aprofundado a sua linha de destruição da Educação Pública. Exemplo disto é a Cidade Universitária em Lisboa, onde na passagem para 2013 foi encerrada o Refeitório II da UL e onde actualmente funciona apenas a “cantina velha”. Na sequência deste encerramento os alunos do ISCTE-IUL ficaram sem boas condições de alimentação a preços sociais, sendo que ainda hoje a cantina na faculdade não oferece espaço suficiente.
 
Em todas as Instituições de Ensino Superior existem bares entregues a empresas privadas que praticam os preços que entendem e em muitos casos são a única “opção” existente. Muitos destes bares servem refeições e foram criados para “substituir” bares sociais, encerrados ou inexistentes, por falta de financiamento do Governo. Entregar estes bares e cantinas ao privado é subverter a lógica de ASE e permitir que haja quem lucre com as necessidades dos estudantes. A ASE foi conquista pela luta dos estudantes e a sua função é garantir que, independentemente da origem e das condições socio-económicas, todos os estudantes têm condições de frequência no Ensino Superior.
 
A JCP expressa a sua solidariedade com dos trabalhadores que estão em luta em defesa dos seus postos de trabalho. Apelamos também à luta dos estudantes para que continuem a defender o seu direito à Acção Social Escolar, para que garantam a reabertura das cantinas e para que estas se preservem públicas. Defender a Acção Social Escolar também é defender a Escola de Abril!

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