Ilegalização da KSM
NOTA DE IMPRENSA Ilegalização da KSM
08-Abr-2008
Há 3 anos atrás o Governo da República Checa decidiu ilegalizar a União da Juventude Comunista Checa (KSM). Apesar dos diferentes e inadmissíveis (anti-democráticos) argumentos usados pelo Governo checo para cumprir as suas intenções, a luta dos jovens checos e a solidariedade internacional de dezenas de organizações democráticas, progressistas e comunistas nomeadamente a Federação Mundial da Juventude Democrática, travou sempre esta ofensiva.

Este processo conheceu novos desenvolvimentos, quando a KSM foi intimada a comparecer em tribunal, na passada quarta-feira, dia 19, apenas três dias antes do seu 8º Congresso, sendo deliberada a sentença final quanto à sua ilegalização.

A ilegalização da KSM é muito mais do que uma mera questão legal ou burocrática. É um sinal claro que o Governo checo quer impedir os jovens de conhecerem a alternativa que os comunistas têm para o seu país e o mundo. É uma demonstração de que todos os que, como a KSM, se organizem para lutar contra os intentos da Direita checa serão perseguidos e será posta em causa a sua liberdade de associação e de expressão.

É importante destacar que tudo isto se passa dentro de um Estado membro da União Europeia, organização que, nada faz para impedir esta violenta afronta democrática, e vai sucessivamente dando sinais de promover e “acarinhar” este tipo de iniciativas – ou não apoiasse os governos da Estónia, da Polónia, da Hungria ou da Lituânia (entre outros) que criminalizam as forças progressistas e comunistas e que promovem a extrema-direita, o racismo e a xenofobia.

Ao contrário do que se poderia pensar, esta é uma situação que não está desligada do que se passa em Portugal. No nosso país, os jovens comunistas são identificados pela polícia pelo direito histórico e constitucionalmente consagrado de pintar murais, os estudantes vêm as suas associações de estudantes submetidas aos desígnios dos Conselhos Directivos e as suas manifestações intimidadas (e por vezes mesmo reprimidas) pelas forças da autoridade, os trabalhadores são intimidados pelos patrões para não se sindicalizarem e para não lutarem pelos seus legítimos direitos. Criminaliza-se quem Luta por direitos.

Perante isto, o PS e o Governo fingem nada se passar e continuam a dizer que Portugal é um país profundamente democrático, querendo fazer os jovens esquecer a privatização da Educação, a destruição das formas de Associativismo, a precariedade, o desemprego e os baixos salários, por que são responsáveis com a sua política de Direita, praticada em aliança (nos assuntos fundamentais) com o PSD e o PP.

Note-se que o PS inviabilizou uma proposta de resolução proposta do PCP na Assembleia da República contra a ilegalização da KSM.

A JCP reafirma a sua solidariedade para com a KSM, e o seu compromisso na denúncia desta situação, como aconteceu no passado dia 19 de Março (quarta-feira), numa acção de solidariedade, em Lisboa.

A JCP apela à luta dos jovens portugueses, na escola ou no local de trabalho, reafirmando que a melhor forma de garantir o cumprimento dos nossos direitos é o seu exercício, e reafirmando que só a luta organizada é o caminho no combate a estas políticas.

“Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei,
Porque não era comigo.(…)
Agora levaram-me a mim,
E quando percebi,
Já era tarde.”
Bertold Brecht

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