Nesta iniciativa os estudantes discutiram os problemas que sentem nas suas escolas, que são resultado do desinvestimento constante promovido por este Governo PSD/CDS que este ano irá cortar mais 500 milhões de euros na Educação. Identificou-se a necessidade de obras na Escola Secundária Alfredo da Silva onde os estudantes têm poucas ou nenhumas condições, bem como na Escola Secundária Augusto Cabrita onde existe bastante humidade nas salas fazendo com que em muitas aulas os estudantes passem frio. O pavilhão para a Escola Secundária de Casquilhos continua a ser uma miragem, vendo-se os estudantes muitas vezes privados de ter aulas de Educação Física. A juntar a isto existem falta de funcionários nas escolas como acontece na Secundária Augusto Cabrita. Os elevados preços dos materiais escolares bem como a inexistência destes em muitas papelarias são também alguns dos problemas com que os estudantes são confrontados no seu dia-a-dia, como acontece com os estudantes de Artes da Escola Secundária de Casquilhos que não tendo material suficiente na papelaria se vêm obrigados a comprar a maior parte do material que necessitam fora da escola e a preços muito mais elevados. A falta de material ou a deterioração do mesmo é outro problema que os estudantes sentem, por exemplo na Escola Secundária Augusto Cabrita existe a necessidade de haver mais computadores para os estudantes e de se renovarem os que existem porque já se encontram num estado crítico. Os apoios que são dados pelo SASE aos estudantes são também eles insuficientes para aquelas que são as suas necessidades. Um estudante de artes, por exemplo, que recebe um apoio para o ano todo de 15 euros apenas pode comprar com isso 3 blocos, o resto do material fica por sua conta, tudo isto numa situação em que o desemprego aumenta, o custo de vida aumenta, só o que não aumenta são os salários dos trabalhadores, e isso como é natural acaba por ter reflexo nos orçamentos familiares e nas condições que os estudantes têm para adquirir o material escolar. Havendo já hoje estudantes que prescindem de comprar os manuais escolares por falta de dinheiro. A concessão de serviços da escola a empresas privadas é também um lugar-comum, isso acontece com a maior parte das cantinas, o que provoca a diminuição da qualidade do próprio prato, que não acontecia quando esse serviço era público. 

  

É por isso que urge lutarmos para defendermos a Escola Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade. Para tal é necessária a união de todos os estudantes na luta para derrotar esta política educativa e este Governo PSD/CDS, exigindo para isso um rumo diferente e uma política alternativa assente nos valores de Abril. Por isso apelamos aos estudantes que se unam na luta pelo Ensino a que temos direito, pela Escola a que temos direito.    

Deixamos desde já o convite aos estudantes e jovens do Barreiro que participem nas próximas iniciativas que vamos dinamizar nos próximos dias, inseridas na preparação do nosso Encontro Regional e do nosso Congresso: dia 14 de Fevereiro realizaremos um Debate sobre a juventude e a toxicodependência pelas 20h no Centro de Trabalho Vasco da Gama do PCP no Barreiro, seguido de convívio; dia 28 teremos um jantar-concerto também no Barreiro.