NOTA DE IMPRENSA Reunião Nacional de Jovens Trabalhadores da JCP
19-Abr-2005
A JCP realizou hoje [dia 17 de Abril], na Junta de Freguesia de Alcântara uma reunião nacional de jovens trabalhadores da JCP, tendo como principais objectivos, analisar a actual situação da juventude trabalhadora no nosso país e as principais linhas de trabalho e medidas para a intervenção da JCP nas empresas e locais de trabalho. Neste sentido a JCP considera o seguinte:

- A mudança de Governo e a esmagadora derrota da direita, nas eleições legislativas de 2005, significaram uma profunda vontade de mudança dos trabalhadores e da juventude portuguesa à qual deve corresponder uma não menos profunda mudança de políticas. Com a apresentação do programa do Governo, com o conjunto de declarações e algumas medidas já tomadas, com o histórico de política de direita dos Governos PS, avolumam-se naturalmente inquietações e preocupações quanto ao verdadeiro carácter do Governo do Engº Sócrates.

- A situação económica e social não parou de se agravar. Aumenta o número de encerramentos de empresas, numa galopante destruição do aparelho produtivo nacional. Há distritos nosso país (ex: Braga) onde encerra em média uma empresa por dia, com reflexos devastadores na criação de riqueza e no aumento do desemprego, particularmente do desemprego juvenil que atinge mais de 14% do número total de desempregados (inscritos nos Centros de Emprego).

- Os baixos salários não são uma inevitabilidade. Em contraste com os fabulosos lucros dos principais grupos económicos, os salários da maioria dos trabalhadores não registam aumentos reais. A proposta do PCP apresentada esta semana na Assembleia da República de aumento do salário mínimo nacional e que foi vergonhosamente rejeitada quer pelos partidos da direita, quer pelo próprio PS, significaria uma mudança a sério nas condições de vida de milhares de jovens trabalhadores.

- A JCP e o PCP continuam firmemente empenhados na revogação do código do trabalho pelos efeitos destruidores dos direitos dos trabalhadores. Ao contrário das promessas eleitorais PS e BE caminham no entendimento para a criação de uma “comissão” que avalie dos impactos deste código. Esta postura, que defrauda as expectativas de milhares de trabalhadores que querem uma mudança de políticas é firmemente repudiada pela JCP.

- Os actuais bloqueios à contratação colectiva (que derivam em parte do novo código do trabalho), tem significado profundos retrocessos em direitos adquiridos pela luta de várias gerações de trabalhadores. A JCP continua firmemente empenhada na defesa deste mecanismo, que abrange mais de 3 milhões de trabalhadores e é o garante de um conjunto de direitos e regalias.

Neste quadro, a JCP apela a uma forte mobilização juvenil para as comemorações do 1º de Maio de 2005 promovidas pela CGTP-IN, como elemento aglutinador da luta dos trabalhadores capaz de repor nas ruas a expressiva vontade de mudança registada nas últimas eleições. A JCP saúda também a V Conferência Nacional da Interjovem que se irá realizar no próximo dia 3 de Junho no Entroncamento.

A JCP apela também à luta de todos os jovens trabalhadores que nas suas empresas e locais de trabalho, exigem a defesa do emprego, de melhores salários, de mais direitos e dos seus contratos colectivos de trabalho. A JCP irá dinamizar durante os meses de Maio, Junho e Julho uma campanha nacional de afirmação da JCP junto da Juventude Trabalhadora com uma presença regular em centenas de empresas em todo o país.

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