10º Congresso da JCP
Um ano passado: Avante com Abril, organizar, lutar e transformar!
06-Abr-2015

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Há um ano a JCP realizava, nos dias 5 e 6 de Abril, o seu 10.º Congresso, na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Momento alto da organização, que se caracterizou em todo o processo de preparação, nos próprios dias do Congresso e nas teses que dele saíram, ligado à vida da juventude, às suas aspirações e reivindicações, e à sua luta.


Passado um ano são muitas as exigências e tarefas colocadas à intervenção dos comunistas perante o cenário complexo de degradação da situação social e económica da juventude. Aprovamos na Resolução Política saída do Congresso, no seu ponto 1.1 que O 10º Congresso da JCP realiza-se num quadro de aprofundamento das contradições sistémicas do capitalismo, que há muito se vinham manifestando, do agravamento da sua crise estrutural que tem na explosão de uma das suas mais agudas crises cíclicas o seu principal elemento e expressão. Mantém-se actual a análise de que a juventude e o povo portugueses sofrem os efeitos do agravamento da crise estrutural do sistema capitalista, e das consequências de Portugal estar sujeito a 38 anos de política de direita (pelos mesmos de sempre – PS, PSD e CDS-PP) e 28 anos de integração capitalista na União Europeia.

Política nefasta, com reflexos muito concretos na destruição das escolas e da educação, do trabalho, da cultura, do acesso à habitação, da saúde, da prática de desporto, do associativismo juvenil, da protecção social, e em tantos outras esferas da vida da juventude. Perante a assertividade do diagnóstico, mantém-se como certo que a destruição agressiva das conquistas da Revolução de Abril, o desprespeito pela Constituição da República, só se travam – e têm travado – pela luta com todos aqueles que connosco queiram estar nas batalhas que engrossam o caudal da luta pela ruptura com esta política e procuram uma política que defenda os seus direitos e aspirações. É com todos aqueles que queiram estar connosco que continuaremos a dizer bem alto que a mentira do “não há dinheiro” para melhorar as condições nas escolas, para aumentar os salários, ou defender os nossos direitos não passa mais. Diremos bem alto que não deixaremos os nossos direitos pendurados sem dar resposta, quando todos os anos o governo gasta 8 mil milhões de euros só em juros da dívida.

Todos os dias, a JCP, a organização revolucionária da juventude, põe em prática as orientações traçadas no Congresso contribuindo para o reforço da luta da juventude, e muitas foram as lutas desenvolvidas pela juventude neste último ano: nas escolas, nos locais de trabalho, e muitos milhares foram os jovens que participaram em grandes acções de massas. O passado mês de Março foi reflexo disso mesmo, honrando a tradição histórica de luta, Março mês da juventude, foi mês de importantes lutas que demonstram que a juventude não se verga, e mantém aberta a janela da transformação social. 2015 continuará a ser um ano que afirmaremos as nossas propostas e a política alternativa, e estaremos do lado da resistência, e da luta pois sabemos ser possível sermos felizes no nosso país. É por isso que apelamos à juventude que adira e participe nas comemorações populares do 25 de Abril, que se junte à grande jornada de luta do 1.º de Maio e que seja também voz da força deste povo na Marcha de dia 6 de Junho, uma marcha que representará a vontade da juventude e do povo em libertar o país e as suas vidas.

A JCP não nega que Portugal e a juventude enfrentam um cenário difícil, e por isso saúda fraternalmente todas as lutas realizadas! Apelamos a todos os jovens portugueses que não hesitem, que se juntem, juntem-se à JCP, pois a transformação é possível, está nas nossas mãos a derrota da política de direita e a construção de uma política patriótica e de esquerda, abrindo caminho a uma democracia avançada, que integra o projecto da construção do socialismo e do comunismo.


Ponto 3.2 da Resolução Política aprovada no X Congresso da JCP:

O movimento juvenil português enfrenta uma ofensiva que, não sendo nova, se agravou nos últimos anos afectando todas as esferas da vida da juventude e, naturalmente, a forma como esta se organiza. Apesar das dificuldades e contradições que enfrenta no seu seio, o movimento juvenil tem assumido um papel activo organizando-se, mobilizando-se e lutando pela resolução dos problemas específicos da juventude, mas também por questões gerais ao resto dos trabalhadores, do povo e do país.

com diferenças naturais na sua organização, nos seus objectivos e actividade, o movimento juvenil tem um importante papel na realização e formação individual e colectiva e na dinamização da luta reivindicativa com grande criatividade e dinâmica.

Luta que deve ser organizada e consequente, assente na unidade das massas seriamente comprometidas com a continuidade deste processo, pois apenas assim se alcançaram e alcançarão vitórias, contribuindo para a criação das condições para a construção de uma alternativa política capaz de concretizar a política alternativa que propomos aos trabalhadores, ao povo e à juventude.

Organizada pois deve ser nas escolas, nos locais de trabalho e nas ruas, desenvolvendo-se em torno de objectivos claros e concretos, reivindicações comuns e com uma direcção capaz de a dirigir garantindo a unidade de todos os que nela se revejam. Processo contínuo e persistente, tanto convergente de amplas massas por questões gerais como por questões específicas desta ou daquela escola ou empresa. Assumindo estas lutas em cada escola ou local de trabalho trabalho como elemento crucial do processo de luta ainda que, às vezes, não tenham expressão mediática e não obtenham resultados imediatos, estas lutas trazem grandes evoluções no plano da criação de consciência política das massas e da sua unidade alcançando, em inúmeros casos nos últimos anos, vitórias importantes.

Vitórias que dão força para continuar a luta deixando bem claro que apenas esta é o caminho, assumida das formas criativas que sejam necessárias, garantindo a unidade das massas e a sua persistência na luta, pois só assim se defendem conquistas e alcançam novas vitórias. Luta que também se leva até ao voto sendo as batalhas eleitorais encaradas pela JCP como momentos importantes de combate à política de direita, momentos em que se procura aumentar a consciencialização política da juventude na dinamização da sua luta, encarando cada processo como mais um passo para o reforço da luta de massas, o instrumento que a juventude e as populações têm nas suas mãos para defender os seus direitos. (…)

A alternativa que queremos construir tem na ampliação e no fortalecimento da luta de massas a sua determinante força propulsora com todos os desenvolvimentos e expressões que ela possa vir a assumir. Alternativa baseada numa política patriótica e de esquerda que, podendo constituir um processo complexo e eventualmente prolongado, é necessária e possível e tem como condições determinantes e dialecticamente interdependentes para a sua concretização o reforço do PCP e da JCP com a ampliação decisiva da sua influência social, política e eleitoral; o vigoroso desenvolvimento da luta de massas que conflua para a criação de uma vasta frente social e a alteração da correlação de forças no plano político favorável a uma ruptura com a política de direita e à construção de uma política patriótica e de esquerda. É pois com confiança que olhamos para o movimento juvenil e para as largas potencialidades de desenvolvimento da sua luta e organização, sendo que neste processo a juventude será chamada a cumprir o seu papel histórico de ser força social de transformação do presente e, simultaneamente, do futuro.

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