NOTA DE IMPRENSA
O ataques à Escola Pública continuam. Todos ao 13.º Encontro Nacional do Ensino Secundário!
20-Fev-2015

enesoutro.pngCom o segundo período do ano lectivo a meio, temos vindo a verificar que os problemas nas escolas agravam-se, fruto do corte de 704 Milhões de Euros na Educação, aprovado no Orçamento de Estado para 2015. Em diversas escolas do país continuam a faltar professores e funcionários, continuam a existir alunos sem materiais e manuais escolares pois os pais não têm capacidades económicas para pagá-los, continuam a existir turmas sobrelotadas, escolas com falta de infraestruturas importantes como pavilhões de educação física e cantinas, escolas com péssimas condições físicas e sem aquecimento o que obriga os estudantes a levar mantas e sacos de água quente para as aulas. Todos estes problemas são fruto dos sucessivos cortes na educação feitos pelos governos PS, PSD e CDS. Só o actual Governo já cortou mais de 2.000 milhões na educação, entre 2011 e 2015. 

Aprodunda-se o rumo de destruição da Escola Pública através da tentativa cada vez maior de desresponsabilização do Estado com a Educação, como é exemplo a tentativa de “transferência de competências” para as autarquias locais, com acordo entre o Governo do PSD /CDS e o PS. O Governo pretende transferir competências para as autarquias, depois de as ter conduzido para uma situação de asfixia financeira (seja pelos cortes nas transferências do Orçamento de Estado, seja pela imposição da participação no Fundo de Apoio Municipal), sem transferir os recursos necessários que permitam o seu adequado desenvolvimento, quando impõe que não haja aumento de despesa pública. Esta é uma clara forma do Governo desresponsabilizar-se da Educação e desrespeitar a autonomia do Poder Local Democrático.

É neste contexto que realizamos o 13.º ENES (Encontro Nacional do Ensino Secundário), com o lema “Pela Escola de Abril: Lutar e Resistir!”, já amanhã, dia 21 de Fevereiro, no Barreiro, que reunirá estudantes de todo o país e onde serão discutidos os principais problemas das escolas, analisada a situação da Educação, bem como a necessidade de intensificar o desenvolvimento da luta dos estudantes em defesa do nosso direito a estudar e de apontarmos propostas para defender a Escola Pública. Para esta ampla discussão, estão convidados a participar todos os estudantes interessados na defesa da Escola Pública.

A Juventude Comunista Portuguesa saúda todas as lutas de estudantes travadas durante este ano lectivo, em particular as lutas travadas já neste segundo período em torno da resolução de problemas concretos, com particular destaque à luta pelo aquecimento nas escolas, e apela a todos os estudantes que continuem a desenvolver a luta nas ruas e nas escolas, fazendo do mês de Março, no assinalar das comemorações do 24 de Março- Dia do Estudante, um mês de protesto e de luta pela escola a que temos direito: Pública, Gratuita, Democrática e de Qualidade para todos! 
 
 
Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da Juventude Comunista Portuguesa

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