III- INTERVENÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIRECÇÃO
1- Intervenção
2- Organização
3- Direcção
4- Tarefas imediatas
1- Intervenção
1.1. Intervenção nas escolas
É nas escolas que se fazem sentir as políticas educativas do Governo;
é nas escolas que as injustiças, o elitismo, as desigualdades,
enfim, os resultados das políticas de direita, se tornam evidentes.
Desta forma, as escolas são o local privilegiado de acção
dos jovens comunistas onde, intervindo organizadamente junto dos estudantes,
denunciam e combatem as políticas do Governo, enquanto afirmam as propostas
e ideais comunistas.
As escolas são também o local por excelência para contactar
com as massas estudantis, dinamizando e aprofundando a sua consciência
política e mobilização para a luta pelos seus direitos,
por um Ensino Superior Público, Gratuito e de Qualidade.
1.2. Afirmação da JCP
A afirmação da JCP junto dos estudantes do Ensino Superior é
uma tarefa e um dever de todo o jovem comunista. A afirmação da
JCP não pode deixar de passar quer pela divulgação e contestação
das políticas do Governo, quer pela contestação dos problemas
concretos das escolas, fundamental para a aproximação dos jovens
comunistas aos estudantes. Além disso, a afirmação da JCP
deve também incluir a divulgação das propostas da JCP e
do PCP, do ideal comunista.
Entre a X e a XI CNES, foram realizadas cinco campanhas de âmbito nacional,
incluindo as campanhas de preparação e divulgação
da X e XI CNES, além da contribuição da OES para a campanha
de divulgação do VII Congresso da JCP. Estas campanhas revestem-se
de importância fundamental na afirmação da JCP, na consciencialização
das massas estudantis e no combate ao Governo. É de destacar a grande
abrangência alcançada nas campanhas nacionais, sinal de maior organização
e intervenção das várias OES regionais.
A actividade local da JCP é de ainda maior importância que a de
âmbito nacional, pois é esta que permite aos jovens comunistas
conhecer os problemas concretos das escolas e sobre estes trabalhar. Apesar
dos avanços registados neste sentido, muito há ainda a fazer no
sentido da aproximação da JCP às escolas, pelo que o reforço
da organização e intervenção local é essencial
para o futuro da luta.
Além do esforço de consciencialização e mobilização
dos estudantes, a JCP tem também dado passos significativos na afirmação
das nossas propostas e ideais.
Por último, sendo que as questões em torno do Ensino Superior
são o essencial do trabalho da OES da JCP, importa não esquecer
que é também tarefa da OES todo o trabalho em torno de questões
de outros âmbitos, que no entanto estejam ligados à juventude.
1.3. Movimento Estudantil / Trabalho Unitário
O trabalho organizado dos estudantes comunistas junto dos vários organismos
e estruturas unitárias deve ser uma preocupação permanente
da JCP. Tal é acima de tudo garantia de que estes farão o seu
trabalho no sentido da defesa dos direitos e interesses dos estudantes, garantindo
igualmente a sua não partidarização e independência
face a outros interesses que não os legítimos.
A intervenção unitária dos estudantes comunistas em Associações
de Estudantes, Núcleos de Estudantes e Órgãos de Gestão
deve fomentar a consciencialização dos estudantes, incentivando-os
ao trabalho activo nos seus organismos, no sentido do reforço da actividade
e independência na luta pelos seus direitos e interesses.
Assim, num quadro de grande partidarização dos organismos unitários
por parte da JS e da JSD, é fundamental aprofundar a discussão
nas organizações no sentido de organizar a intervenção
e influência da JCP nas várias estruturas unitárias, bem
como na participação e dinamização de projectos
ou movimentos unitários. Este último aspecto tem conhecido avanços
consideráveis, no entanto importa ainda reforçar a dinamização
de movimentos unitários, particularmente no politécnico e particular/cooperativo.
1.4. Ligação ao trabalho na Assembleia da República
A ligação do nosso trabalho diário da nossa organização
ao trabalho institucional da JCP e do PCP reveste-se de uma importância
fundamental.
Concretizar a nossa actividade de denúncia, contestação
e reivindicação, de âmbito geral e dos problemas concretos
das escolas, em trabalho institucional, apresentando os problemas concretos
das escolas e dos estudantes na Assembleia da República, não só
contribui para a resolução dos mesmos, como contribui para a aproximação
e afirmação da JCP e do PCP junto dos estudantes. Demonstra ainda
a JCP como a única força que realmente luta pelos direitos e interesses
dos estudantes.
Enquadram-se neste tipo de trabalho quer a divulgação das propostas
concretas da JCP e do PCP, quer a apresentação dos problemas concretos
das escolas sob a forma de requerimentos ao Governo. Passos tem sido dados no
reforço deste aspecto do nosso trabalho, no entanto está ainda
longe do possível e necessário, devendo esta ligação
entre o trabalho diário e o institucional tornar-se quotidiana
1.5. Comunicação Social
A comunicação social é hoje um poderoso veículo
de informação e de formação da opinião pública
que deve ser por nós usado de modo a atingir um maior número de
estudantes e de afirmar a JCP à sociedade em geral.
Tendo à partida consciência das divergências políticas
e ideológicas existentes entre os “donos” da comunicação
social e a JCP, determinados por questões de classe, devemos trabalhar
no sentido de furar o bloqueio ideológico a que estamos hoje sujeitos.
Têm sido feitos esforços no sentido de divulgar as nossas posições
através da comunicação social, com o recurso a notas e
conferências de imprensa divulgando posições ou iniciativas.
O nosso trabalho nesta área é, no entanto, manifestamente insuficiente.
É necessário intensificar o trabalho junto dos media, dando particular
atenção aos órgãos locais que estarão à
partida mais disponíveis para divulgar o nosso trabalho.
Um meio essencial é hoje a Internet. Instrumento de divulgação
de informação por excelência e muito usado pelos estudantes
do ensino superior, a internet deve merecer algum do nosso tempo e atenção.
Devemos procurar explorar os espaços destinados à Organização
do Ensino Superior nas páginas construídas pela JCP e divulgar
as páginas da JCP e do PCP.
1.6. Documentos e boletins da JCP
As dificuldades encontradas pela JCP em se divulgar através da comunicação
social reforçam a importância da existência de boletins próprios
produzidos pelos colectivos e organizações da OES. Estes documentos
são essências para a divulgação de posições
e ideias.
Os documentos devem reflectir profundamente a realidade vivida em cada academia/escola
de modo a reforçar a ligação e afirmação
da JCP junto dos estudantes. Deve assim ser contrariada a tendência natural
de abordar apenas temas exteriores à escola.
Este tipo de boletins são infelizmente raros na OES e deve ser preocupação
de cada colectivo/organização trabalhar para suprimir esta carência.
O colectivo/organização que edite o boletim deve ter grandes cuidados
no seu conteúdo e modo de produção. Devem ser envolvidos
todos os camaradas disponíveis através de produção
de textos ou de outro tipo de material. O conteúdo deve ser ainda debatido
na organização como forma de o melhorar e de reforçar a
democracia interna.
1.7. Iniciativas de debate e convívio
As iniciativas de debate e convívio devem assumir um papel relevante
na nossa organização. Este tipo de iniciativas tem ocorrido com
alguma regularidade podendo no entanto ser potenciado um maior número
delas e devendo ainda ser melhorada a componente política de cada uma.
Estas iniciativas assumem particular importância porque constituem um
espaço diferente de debate e de formação política
e de estreitamento de laços de camaradagem entre os diversos militantes
da JCP que se reflectirá numa maior coesão da organização
no trabalho. Podem e devem ainda assumir importância dado o seu potencial
para a angariação de fundos para a JCP.
As iniciativas de debate e convívio da JCP devem ainda ser divulgadas
em espaços exteriores à JCP de modo a potenciarem a participação
de estudantes não comunistas.
Assim aquando da realização duma iniciativa devem ser tido cuidados
no sentido de: dar um grande conteúdo político às iniciativas;
proporcionar receitas à JCP; divulgar a iniciativa ao maior número
possível de pessoas.
<topo>
2- Organização
2.1. Colectivos de escola
Sendo o colectivo a forma de organização de base da JCP é
seu papel discutir e mobilizar todos os camaradas que dele fazem parte para
as tarefas e orientações da organização. Assim,
terá um papel preponderante na formação política
e ideológica de todos os militantes da JCP.
Este é também o espaço em que os militantes da JCP devem
discutir a melhor forma de aplicar criativamente as orientações
nacionais da organização, quer dando resposta a problemas particulares
(realizando iniciativas em torno de problemas específicos da escola,
por exemplo), ou esclarecendo e mobilizando para a luta face a questões
de fundo (a lei de financiamento, por exemplo), não devendo a relação
entre estes dois tipos de questões ser vista como estanque, mas sim como
profundamente dialéctica, pois sua interacção é
evidente.
Num cômputo geral, é justo dizer que a organização
tem dado alguns passos positivos neste âmbito, ainda que seja fundamental
continuar a aprofundar o potencial de intervenção e iniciativa
própria de cada colectivo, a sua distribuição de tarefas,
bem como uma necessidade de maior acompanhamento destes pela direcção.
2.2. Plenários e Assembleias
Momentos de natural aprofundamento da discussão e conhecimento de outras
realidades, tanto os plenários, como as assembleias são necessariamente
espaços de troca de opiniões, tomadas de posição,
definição de estratégias e avaliação da organização
por parte de todos os camaradas dos diferentes colectivos que se pautam pelo
espírito democrático, aprofundado pela discussão saudável
e fraterna. Regra geral, têm-se realizado nos momentos essenciais, pois
não substituem a fundamental actividade dos colectivos.
2.3. Recrutamento
Meio por excelência de reforço da organização, a
preocupação para inscrever, organizar e enquadrar novos militantes
não deve nunca sair do horizonte do militante comunista. Isto faz com
que cada organização deva discutir e levar à prática:
levantamento de nomes de amigos e colegas, definição de estratégias
de aproximação, esclarecimento e abordagem, por forma a potenciar
a intervenção dos comunistas no quotidiano das escolas, tendo
como arma de referência neste processo o enorme potencial de atracção
que o ideal comunista, pela sua actualidade, tem junto de todos. Após
recrutado, o novo militante deve ser responsabilizado de acordo com as necessidades
da organização, com a sua disponibilidade e com as suas características
pessoais.
Não deve deixar-se de tomar atenção a todos os camaradas
que transitam do Ensino Secundário da JCP, por forma a envolvê-los
no trabalho e discussão dos restantes militantes do Ensino Superior.
Porém, na OESup. o esforço e procura do recrutamento têm
ficado aquém das reais necessidades de uma organização
revolucionária como a JCP, sendo a sua distribuição pelos
diferentes sub-sistemas de ensino reflexo das diferentes dinâmicas da
organização.
2.4. Grupos de trabalho
Espaços de discussão que, não sendo uma direcção
política do trabalho nas áreas para as quais existem, visam sim
aprofundar o conhecimento da organização em torno de áreas
com particularidades bastante relevantes. Tendo um passo positivo sido dado
com a constituição destes grupos de trabalho, no entanto é
necessário intensificar o seu trabalho e discussão, por forma
a dar resposta às necessidades de conhecimento e sua actualização
relativamente a campos específicos do Ensino Superior
2.5. Formação e trabalho ideológico
Parte significativa da formação de cada militante é adquirida
através da nossa intervenção diária na escola ou
local de trabalho, através da participação organizada na
JCP e no Partido. Só assim aprendemos a ser comunistas, o valor da luta
organizada, o projecto pelo qual lutamos...
Mas esta aprendizagem que se adquire na luta diária não pode ser
dissociada do estudo e do aprofundamento teórico do nosso projecto. A
formação ideológica é indispensável para
que cada militante comunista esteja mais apto a levar a cabo a sua tarefa de
transformação da sociedade.
Permite-nos, por exemplo, estar em melhores condições de esclarecer
os nossos colegas e amigos, de mobilizá-los para a luta, de desmascarar
as ofensivas do governo, de dar combate à ofensiva ideológica
capitalista veiculada nomeadamente pelos órgãos de comunicação
social, de tornar mais claro os métodos e a forma de exploração
capitalista...
Os cursos de formação ideológica assumem, assim, um papel
importante. A organização do ensino superior tem realizado alguns
cursos. No entanto, devido em parte ao número elevado de cursos realizados
na escola do Partido, não é possível realizar tantos quanto
seria necessário. É, pois, desejável que as várias
organizações regionais – e mesmo os colectivos – promovam
os seus próprios cursos, o que permite até alargar o número
de camaradas que tem acesso a este tipo de formação ideológica.
A promoção de debates é também uma boa forma de
discutir e aprofundar assuntos que digam respeito não só a questões
imediatas da nossa intervenção, mas também assuntos que,
se cuidarmos apenas da nossa actividade diária, raramente temos oportunidade
de discutir.
Muitas vezes são os problemas concretos com que nos deparamos que exigem
que se faça uma discussão ideológica aprofundada. É
de procurar repetir iniciativas como as que se realizaram em Lisboa e Porto
que permitiram debater a questão da unidade na luta e a questão
da educação no sistema capitalista.
A distribuição regular de artigos e excertos do Avante!, do Militante
e de outras publicações é também uma forma de melhorar
a formação ideológica dos camaradas e de estimular o debate
e o gosto pela procura e pelo estudo dos mais diversos materiais.
Também a tarefa da formação ideológica deve ser
encarada de forma contínua pelo que a responsabilização
de camaradas é um passo que é preciso dar.
2.6. Fundos
A recolha financeira é uma questão estrutural numa organização
cujas receitas provêm do contributo dos seus militantes e da actividade
da organização.
A cobrança de quotas assume especial importância na medida em que
é o primeiro acto militante de contributo financeiro para a JCP.
Para além da atenção dada à quotização,
as organizações devem também procurar outras formas de
recolha financeira para que sejam capazes de suportar por si as suas próprias
actividades e intervenção.
Se uma organização conseguir ter uma recolha regular de fundos
através de, por exemplo, produção de materiais para venda,
iniciativas de convívio, etc, estará, porventura, em condições
de sustentar os seus próprios boletins, campanhas...
O entendimento desta tarefa como prioritária através, nomeadamente,
da responsabilização de camaradas aos mais variados níveis
é fundamental para o aumento da capacidade financeira e realizadora da
OES.
Há ainda muitos passos a dar nas organizações, inclusivamente
na cobrança regular de quotas. No entanto, têm-se vindo a verificar
alguns avanços.
2.7. Imprensa Partidária
A venda regular do Agit, do Avante! e do Militante ainda não atingiu
níveis considerados positivos na maioria das organizações.
Esta deve ser, pois, uma preocupação constante.
A leitura da imprensa partidária por parte dos nossos camaradas é
da maior importância. É essencial não só para a formação
ideológica dos camaradas como também para potenciar a sua intervenção
junto das massas estudantis.
Um camarada que leia regularmente a imprensa partidária está em
melhores condições para, por exemplo, esclarecer, consciencializar
e mobilizar os colegas para a luta, quer esta se relacione ou não com
as questões directamente ligadas ao ensino superior.
A venda da nossa imprensa aos nossos colegas é uma forma insubstituível
de fazermos chegar mais longe as nossas posições, a nossa postura,
o nosso projecto. É também uma forma ímpar de agitação
e de ligação às massas.
Esta frente assume um papel de destaque sobretudo num quadro em que a esmagadora
maioria dos órgãos de comunicação social estão
subjugados aos interesses do grande capital. A imprensa do partido assume-se,
assim, como a única voz independente desses interesses e que transmite
a informação do ponto de vista dos trabalhadores.
2.8. Ficheiro
Saber quem são, quantos são e onde estão os comunistas
estudantes do ensino superior cria condições para potenciar a
intervenção da OES.
São várias as organizações que não têm
o ficheiro actualizado. A sua actualização pode ser determinante
até para a criação e reforço de colectivos. Pela
sua importância esta não pode ser uma tarefa encarada de forma
pontual, mas sim como uma tarefa que requer atenção permanente.
Não basta por isso actualizar o ficheiro, importa mantê-lo actualizado.
A responsabilização de camaradas por esta tarefa é um passo
que é preciso dar. Uma atenção especial deve ser também
dada às transferências e enquadramento dos camaradas que vêm
do secundário para o superior e deste para outras tarefas da JCP ou do
Partido.
2.9. Articulação do trabalho com o Partido
Esta articulação concretiza-se nos mais variados aspectos da acção
da JCP.A conjugação de esforços entre estudantes, professores
e funcionários comunistas, para a defesa de posições comuns
dentro de cada faculdade, reveste-se da maior importância. De destacar
é a convergência para a eleição e trabalho conjunto
nos órgãos de gestão das faculdades e universidades que,
no entanto, não se tem verificado. No plano orgânico, é
de grande interesse que o Partido acompanhe a actividade e intervenção
da JCP e que as posições de ambos sejam do conhecimento mútuo.
Informar e acompanhar a transferência dos camaradas que saem da OES para
o Partido é também uma tarefa importante a que se deve dar atenção.
Deve-se também procurar que os jovens militantes do Partido que estudam
no Ensino Superior entrem para a JCP e façam do trabalho nas escolas
a sua prioridade.
2.10. Sedes e centros de trabalho
A utilização das sedes e Centros de Trabalho para a preparação
de toda a intervenção da JCP e também como espaços
de convívio e de realização de iniciativas deve ser dinamizada.
A proximidade dos militantes da JCP com estes espaços potencia a criação
de laços entre os camaradas e ajuda à criação de
vínculos afectivos com o Partido. Os CT’s são ainda uma
porta do Partido para a população em geral, o que deve ser sempre
tido em conta.
<topo>
3- Direcção
3.1. Direcção Central do Ensino Superior
A Conferência Nacional do Ensino Superior (CNES) é o órgão
máximo que dirige a Organização do Ensino Superior. Uma
das tarefas fundamentais da CNES é eleger a Direcção Central
do Ensino Superior (DCES).A este organismo cabe dirigir e coordenar a intervenção
da OES a nível nacional, definir de acordo com a orientação
política geral das Resoluções Políticas aprovadas
pela CNES e pelo Congresso da JCP, as linhas de orientação para
a intervenção da OES.
A DCES tem a capacidade de proceder a recomposições sempre que
considere necessário para o reforço da organização.
Uma organização com as características da OES exige um
permanente esforço de rejuvenescimento e renovação de quadros
de direcção.
3.2. A composição da DCES
A eleição e as recomposições da DCES devem ter como
critérios:
• Ser constituída pelo conjunto fundamental de quadros activistas
e reflectir a realidade da OES;
• Ter uma composição de quadros profundamente ligados ao
Movimento Associativo, seja nas Associações de Estudantes, órgãos
de gestão das instituições e núcleos das mais variadas
áreas de intervenção;
• Garantir a ligação ao maior número de escolas e
aos diferentes subsistemas;
• A continuidade do trabalho da OESP, com uma permanente preocupação
de rejuvenescimento e ao percurso escolar dos camaradas;
• As questões de funcionalidade no que se refere ao número
de camaradas a eleger;
3.3. O trabalho da Direcção Central do Ensino Superior
No contexto político e social que vivemos, com as ofensivas ao Ensino
Público e às características democráticas do movimento
associativo, é fundamental a DCES acompanhar com pormenor as alterações
aos diferentes níveis no ensino superior e agilizar a capacidade de resposta
às situações que são colocadas.
Partindo de uma análise nacional da situação política,
é necessário aumentar o conhecimento das especificidades das diferentes
instituições de ensino superior e as consequências das políticas
de definhamento do Ensino Público ao nível particular de cada
academia e escola. Apesar do elevado grau de discussão política
que a DCES realizou desde a última CNES, existem ainda grandes falhas
no conhecimento, e consequente intervenção, dos problemas concretos
das instituições e dos efeitos das políticas de desinvestimento
do governo PSD/PP.
A DCES deve promover o debate político na organização,
procurando sempre a elevação política e ideológica
dos militantes – condição indispensável para o reforço
da nossa intervenção.
Aplicando criativamente as linhas gerais do Congresso da JCP e a Resolução
Política da CNES ao momento político, a DCES deve definir as linhas
de orientação para a intervenção dos estudantes
comunistas no ensino superior.
3.4. Secretariado da DCES
O secretariado da DCES é um organismo executivo, eleito pela DCES e constituído
por membros deste organismo. O Secretariado pela sua composição
e tarefas tem-se revelado um organismo fundamental na articulação
do trabalho diário da OES, procurando agilizar e aplicar o conjunto de
orientações emanadas pela CNES e pela DCES. O Secretariado da
DCES tem mantido um funcionamento regular (reúne em média uma
vez por mês) e a capacidade de manter quadros com experiência de
trabalho na OES e em integrar e responsabilizar novos quadros.
Tem como principais tarefas:
• Acompanhar a intervenção das várias organizações
do Ensino Superior;
• Centralizar e difundir pela OES toda a informação sobre
a sua actividade;
• Dinamizar a discussão sobre a situação política
do ensino superior, sobre o movimento associativo e a luta estudantil;
• Concretizar a tomada de posições públicas entre
reuniões da DCES ou outras reuniões nacionais;
• Convocar e preparar atempadamente as reuniões da DCES;
• Informar todos os membros da DCES das suas conclusões;
• Assegurar a ligação aos organismos da direcção
central da JCP,
• Contribuir para a elevação política e ideológicas
dos militantes da JCP;
• Acompanhar as questões de quadros da OES;
3.5. Direcções de Organização/Colectivos
A existência de organismos de direcção e coordenação
do trabalho deve ter em conta as especificidades da realidade sobre a qual se
intervêm e as condições e necessidades da organização
da JCP.
As soluções a optar devem ter em consideração elementos
como a distribuição geográfica da academia, o número
de colectivos e sua situação, a responsabilização
de quadros, a necessidade de espaços de discussão colectiva e
de mecanismos que permitam uma célere e eficaz concretização
das orientações.
Desde a última CNES, funcionaram com regularidade Direcções
de Organização em Lisboa, Porto, Coimbra, Minho e Setúbal.
Ainda que com deficiências de funcionamento e discussão, a existência
destes organismos revelou-se fundamental para a intervenção dos
estudantes comunistas.
Existem ainda um conjunto significativo de academias, sobretudo institutos politécnicos
do interior do país, onde por ausência de quadros com a disponibilidade
e preparação necessárias não foi possível
imprimir um funcionamento regular aos colectivos.
<topo>
4- Tarefas imediatas
Estamos assim hoje postos perante diversas necessidades e situações
às quais temos forçosamente que dar resposta imediata enquanto
organização revolucionária que somos. Uma série
de tarefas se impõem neste momento à
JCP:
• Afirmar a JCP junto dos estudantes do ensino superior divulgando o ideal
comunista;
• O aumento do número de comunistas a participar no movimento associativo
estudantil bem como noutros espaços unitários existentes;
• Estreitar a ligação ao Grupo Parlamentar do PCP como forma
de aproximar a JCP e o PCP da massa estudantil;
• Intensificar o trabalho junto da comunicação social através
da constante emissão de notas de imprensa, da realização
de conferências de imprensa, etc.;
• Aumentar o trabalho organizado junto dos órgãos de comunicação
estudantis;
• Potenciar um maior número de iniciativas de convívio e
debate;
• Criar boletins que reflictam a realidade particular de cada escola no
maior número de organizações e colectivos possível;
• Aumentar o número de colectivos, reforçar os existentes
e dinamizar o trabalho e acção de cada colectivo;
• Tomar medidas, em cada colectivo e organização no sentido
de aumentar o número de recrutamentos e a posterior inclusão no
trabalho dos novos militantes;
• Melhorar a articulação com a Organização
do Ensino Secundário de modo a integrar na organização
os camaradas que passem do secundário para o superior;
• Criar grupos de trabalho centrais em torno de áreas de trabalho
ou de realização de iniciativas/documentos;
• Aumentar o número de cursos de formação ideológica
centrais e regionais bem como as restantes actividades de formação
e responsabilizar camaradas por esta área nos vários organismos/colectivos;
• Reforçar significativamente o número de camaradas a pagar
cotas regularmente através, entre outros, da responsabilização
de camaradas;
• Dinamizar a venda e leitura do avante! e do militante na organização;
• Actualizar totalmente o ficheiro em cada organização e
mantê-lo sempre actualizado;
• Participar mais activamente nas iniciativas do Partido, festa do avante,
congresso, etc.;
Recrutar mais camaradas para o PCP
• Melhorar a articulação com o Partido no sentido de integrar
os camaradas que saiam da OES no Partido quando caso disso |