NOTA DE IMPRENSA Dia Internacional da Paz
21-Set-2006
Hoje dia 21 de Setembro assinala-se o Dia Internacional da Paz. A Humanidade está hoje confrontada com um mundo mais violento e agressivo. A necessidade do capital e dos governos ao seu serviço garantirem os interesses das grandes multinacionais, nomeadamente os interesses geo-estratégicos e de domínio das principais matérias-primas (alimentando a poderosa e lucrativa indústria de armamento) tem sido a causa de todas estas guerras e conflitos e promotora de acções destabilizadoras por todo o mundo. A situação no Medo Oriente é dramática. O imperialismo norte-americano e israelita é responsável pelo assassinato e fuga de milhares de pessoas e pela destruição de infra-estruturas dos países desta região todos os dias. Denunciamos os crimes e humilhações cometidos contra o povo palestiniano, o não reconhecimento do seu Estado e a ocupação do seu território, o rapto e prisão de deputados e membros do governo palestiniano; a criminosa agressão ao Líbano, a sua ocupação por forças israelitas e o desrespeito pela sua soberania; a continuada ocupação e desestabilização do Iraque e Afeganistão e a imposição de "democracias" fantoche; as provocações e ameaças à Síria e Irão. Tudo isto se integra num mesmo objectivo: a desestabilização da região para tornar possível o controlo político sobre ela e sobre as suas riquezas à custa da vida e do sofrimento dos seus povos. Por todo o mundo se faz sentir a mão intervencionista e agressiva do imperialismo, ameaçando a paz, promovendo conflitos. Exemplo recente é o caso de Timor-Leste onde ficou clara a intervenção de forças externas alheias aos interesses do povo timorense. Os atentados de 11 de Setembro e o pretenso combate ao "terrorismo" são utilizados pelas forças imperialistas, com a sua esmagadora campanha ideológica, para, propositadamente, fazerem confundir terrorismo com o legítimo direito dos povos à defesa e à resistência. Assim procuram aniquilar qualquer forma de resistência dos povos aos seus objectivos de dominação e exploração e destruir as organizações patrióticas, progressistas e comunistas. Este ataque assume diferentes níveis e expressões em cada país, mas tem como vectores comuns o desrespeito pela democracia, as liberdades fundamentais dos cidadãos e pelos direitos humanos. Exemplo disto é o ataque desferido às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ao abrigo do combate ao narcotráfico ou a tentativa de ilegalização da Juventude Comunista da República Checa (KSM).

Os maiores crimes contra a humanidade foram e são praticados pelas forças imperialistas por aqueles que dizem agora combater o terrorismo, pelos governos dos EUA, de Israel, pela postura conivente dos estados europeus, pela instrumentalização da ONU…É preciso não esquecer que a única vez que bombas nucleares foram lançadas sobre as populações, foram-no pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki. É preciso denunciar o uso de armas não convencionais por Israel na agressão contra o Líbano, os campos de tortura norte-americanos, como o de Guantanamo, os voos ilegais da CIA transportando presos (raptados) de todo o mundo para serem torturados… O caminho é, necessariamente, a luta dos povos e a solidariedade internacionalista. Foi a luta dos povos que impediu o Nazi-Fascismo de sair vencedor na 2ª guerra mundial. É a luta do povo palestiniano, libanês, iraquiano e afegão que impede o imperialismo de impor a sua Ordem no Médio Oriente. É a luta e determinação do povo em trilhar o seu caminho livre e independente que permite a existência de países que não se aceitam submeter ao capitalismo e que são um obstáculo às pretensões hegemónicas do imperialismo como R.P.D. Coreia, China, Cuba, Vietname, Laos, e também na Venezuela, Bolívia, entre outros e, por isso, países defensores da paz. Será a luta dos povos que acabará com as guerras e construirá um mundo de paz. O capitalismo e a sua fase mais avançada, o imperialismo, são, pela sua natureza, motivadores das guerras. Mas um mundo em guerra não é uma inevitabilidade. O incremento da violência do imperialismo é, por outro lado, expressão das suas fraquezas e contradições insanáveis. Um mundo de paz passa pela superação do capitalismo e pela construção do socialismo.

O Secretariado da Direcção Nacional da JCP

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