28 de Março, assinala-se o Dia Nacional da Juventude. Esta é uma das datas mais significativas da história da luta da juventude portuguesa pela democracia, pelos direitos dos jovens trabalhadores, pela paz e pela construção de um país mais justo e progressista. 

Quando a juventude portuguesa lutava contra o regime fascista, cuja brutal repressão em Março de 1947 deu origem à celebração do dia 28 como Dia Nacional da Juventude, lutava pela democracia mas também pela libertação de Portugal e dos trabalhadores da exploração insuportável a que o grande capital monopolista e o seu regime submetiam o povo português. Salários de miséria, desemprego, emigração, ataques constantes aos direitos e submissão dos interesses nacionais aos interesses dos mais poderosos capitalistas era a realidade a que o fascismo condenava os jovens portugueses.

Honrando a origem do Dia Nacional da Juventude os jovens portugueses têm, ao longo dos anos, celebrado este dia com várias lutas destacando-se, nos últimos anos, as manifestações nacionais de jovens trabalhadores, promovidas pela Interjovem-CGTP/IN. Este ano a Manifestação de Jovens Trabalhadores realizou-se a 27 de Março sob a palavra de ordem: “Queremos trabalho! Exigimos direitos! Na rua para os pôr na rua!” sendo as principais exigências a aplicação de políticas que criem emprego e que defendam os direitos dos trabalhadores. Políticas que o atual governo PSD/CDS não pode nem quer implementar e por isso os jovens trabalhadores que  protestaram entre a Rua do Carmo e a residência oficial do primeiro-ministro exigiram também a derrota do governo e desta política (derrota definitiva e que não seja implementada por outro governo, que é o que o PS pretende fazer se for governo). Os partidos da troika nacional (PSD, CDS e PS) e a troika internacional (UE, BCE e FMI) estão convencidos que podem continuar a roubar os trabalhadores, a cortar direitos, a hipotecar o futuro do país, a criar desemprego, a condenar os jovens portugueses à miséria e ao desespero mas o reforço da luta demonstra que os jovens não se resignam a esses projetos. A luta e resistência dos jovens trabalhadores portugueses prova que existe vontade, força e esclarecimento para a derrota do Pacto de Agressão e destas políticas e para a construção de uma alternativa digna dos interesses da juventude e do país.

 

A Juventude Comunista Portuguesa saúda os trabalhadores e as organizações do movimento sindical unitário que participaram e organizaram a manifestação nacional de jovens trabalhadores e que diariamente, nos locais de trabalho, nas ruas e em todas as frentes lutam pela defesa dos interesses e direitos dos jovens trabalhadores portugueses e do país.