Nota de Imprensa da JCP
O desemprego entre os jovens não diminuíu!
12-Ago-2013

O INE publicou, recentemente, os dados relativos ao Emprego no Inquérito ao Emprego do 2º trimestre de 2013, demonstrando que o desemprego em sentido restrito atingiu, nestes meses, os 886 000 trabalhadores, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 16,4%, e em sentido lato 1 428 000 trabalhadores, uma taxa de desemprego de 25,2%. Segundo estes dados oficiais, a taxa de desemprego do 2º trimestre de 2012 para o 2ª trimestre de 2013 subiu de 15% para 16,4%, e o nº de trabalhadores no desemprego aumentou 59,1 mil.

Os dados mais graves são os da destruição de postos de trabalho, comprovando as consequências devastadoras da política de Direita, o que representa o fim do Aparelho Produtivo Nacional, a privatização de largos sectores da nossa economia, o encerramento de Serviços Públicos, o desinvestimento na Educação, na Cultura e na Saúde.

Se alguma dúvida havia daquilo que significa a implementação das medidas contidas no Pacto de agressão, conjugadas com décadas de política de direita e de favorecimento dos grandes grupos económicos, estes números são bem claros. Entre estes dois trimestres homólogos, perderam-se 182 600 empregos.

Nos últimos 2 anos, entre o 2º trimestre de 2011 e o 2º trimestre de 2013 foram destruídos em Portugal 387 400 postos de trabalho, 211 000 trabalhadores foram para o desemprego e a taxa de desemprego passou de 12,1% no 2º trimestre de 2011 para 16,4% no 2º trimestre de 2013.

Perante estes resultados, claramente indicadores do aumento do grave problema do desemprego no nosso país, o Governo, e a Comunicação Social dominate ao seu serviço, fazem a análise contrária, transmitindo a falsa ideia da diminuição do desemprego, em particular do desemprego entre os mais jovens, utilizando os dados do trabalho sazonal e a crescente emigração entre as famílias jovens.

Esta informação não pode ser mais errada. Cerca de 2/3 do emprego criado, do 1º para o 2º trimestre, foi no sector agrícola, na sua maioria em postos de trabalho precários, pagos abaixo do Salário Minímo Nacional, ao abrigo de medidas activas de emprego que apenas potenciam a exploração, os baixos rendimentos e o emprego instável.

Segundo dados oficiais, que não representam toda a dimensão do problema da emigração forçada entre os mais jovens, cerca de 140 mil trabalhadores, nos dois últimos anos e perto de 100 mil, no último ano, deixaram de estar inscritos no centro de emprego, a partir do final do subsídio de desemprego que recebiam, saindo, na maior parte dos casos, do nosso país.

A demissão deste Governo e uma verdadeira mudança de Política, rompendo com o Pacto de Agressão e abrindo caminho ao cumprimento da Constituição de Abril, ao direito ao trabalho digno e com direitos, só é possível com a participação activa dos jovens trabalhadores na luta contra o desemprego, a precariedade e os baixos salários. É exigindo o cumprimento dos direitos laborais e sociais, intervindo no movimento sindical de classe, saindo à rua e denunciando os números brutais do flagelo do desemprego no nosso país, que é possível o combate firme àquele que representa um dos mais graves problemas dos jovens do nosso país e da Europa.

versão para impressão
 
Juventude Comunista Portuguesa 2010-2014
Ens. Profissional
ensinoprofissional_destaque2014-01.png

Ens. Secundário

especial_13enes.jpg

Ens. Superior
Campanha de início do ano lectivo
Juventude Trabalhadora

encontrojt_130x180px.jpg