35.º aniversário da JCP
Avante com Abril! Transformar o sonho em vida.
17-Nov-2014
A Juventude Comunista Portuguesa assinalou no passado dia 10 de Novembro 35 anos de vida e as comemorações deste aniversário multiplicaram-se em várias expressões por todo o País que levaram à juventude estas comemorações da organização revolucionária da juventude. 

Destas destaca-se a iniciativa nacional realizada no passado dia 15 no Porto que começou com um combativo desfile da trindade até ao Mercado Ferreira Borges que encheu as ruas da baixa do Porto de bandeiras vermelhas e palavras de ordem. Foram centenas de jovens que vindos de todo o País e em particular do Porto encheram o Hard Club para comemorar o aniversário da JCP e ver os concertos de NTS, Capicua e Mundo Segundo e convidados que do palco deram os parabéns à JCP proporcionando três grandes concertos. 

Na iniciativa interveio André Martelo da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP que começou por salientar a “força e dimensão” da iniciativa que ao “governo que destrói a vida à juventude e aos banqueiros e senhores milionários que todos juntos dizem que não vale a pena lutar e não há alternativa” disse claramente “estão enganados e hão-de ser derrotados!”. 

Caracterizou os “tempos difíceis impostos por políticas de direita” que aos estudantes diz “que só pode estudar quem tem dinheiro” denunciando que o que “eles querem é que filho de pedreiro seja pedreiro e que filho de doutor seja doutor mas não é isso que querem os estudantes!”. 

Denunciou ainda a política de cortes dos sucessivos governos que “cortam no dinheiro para obras e por aí multiplicam-se as escolas a cair de podre, cortam em professores e funcionários e as turmas chegam aos 40 e bares ou bibliotecas acumulam filas ou têm horários reduzidos, cortam na acção social escolar e aumentam os custos de frequência, sendo as propinas no ensino superior o maior exemplo de barreira ao acesso aos estudos”.

Aos jovens trabalhadores que “querem trabalhar com direitos” denunciou que o governo e o patronato dizem “submete-te à precariedade e à exploração, trabalha muito e ganha pouco, horários são os que o patrão quer”, fazendo ainda referencia aos “milhares e milhares de condenados ao desemprego à emigração”. “É a lei da selva” e a juventude “hoje tem emprego e para a semana não sabe, hoje faz horário de dia e para a semana talvez seja de noite, hoje recebe mal e para o mês que vem ainda pior”.

A intervenção salientou ainda que em outras dimensões da vida da juventude a realidade não é melhor e que “sair de casa dos pais e ter casa para construir vida, pagar o passe do metro ou a gasolina do carro, ir jogar à bola com os amigos uma vez por semana, ir ao cinema ou formar uma banda… tudo se paga!”.

Afirmando a política alternativa patriótica e de esquerda como alternativa a este rumo de desastre sublinhou na intervenção a JCP que “para abrir caminho a esta mudança é fundamental o desenvolvimento da luta do povo português”, saudando as recentes lutas da juventude.
Houve ainda tempo para falar da Festa do Avante!, a festa da juventude e sobre a campanha para mais e melhor festa apelando “a que todos contribuam para esta campanha”.

Na intervenção disse a JCP que “há quem diga que os comunistas sonham acordados” e que “o nosso sonho é uma sociedade nova” e que “sonhando resistimos e lutamos todos os dias, nos momentos bons e maus enfrentando as vitórias e as derrotas com a certeza da justeza do nosso ideal”, lembrando ainda o 101º aniversário de Álvaro Cunhal lembrando palavras suas onde declarava que “o futuro da humanidade são o socialismo e o comunismo e não o capitalismo”.

Na intervenção foi ainda lembrado o camarada José Casanova sublinhando o seu papel e de “muitos outros heróis do nosso povo na resistência ao fascismo nas condições mais duras” afirmando que a melhor homenagem que podemos prestar é de “olhar para o futuro com confiança e continuar a luta com coragem e firmeza para transformar o sonho em vida”.

A intervenção terminou “saudando os muitos amigos que não sendo da JCP” ali estavam e “estão connosco no dia-a-dia, nas escolas, nos locais de trabalho e nas ruas, a travar as duras batalhas que temos travado e iremos travar” apelando a que “não vão na cantiga do são todos iguais, não vão no bicho papão dos comunistas, aqui encontram espaço para discutir abertamente com as vossas opiniões e para colectivamente contribuírem para alcançar o que nos dizem ser impossível” rematando com o apelo para que se juntassem à JCP.

Foi um dia repleto de convívio, alegria e confiança que culminou com uma grande festa no espaço Maus Hábitos e desta grandiosa iniciativa os militantes e amigos da JCP saíram com forças redobradas para continuar a luta.
 
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