Camaradas
A discussão que tivemos hoje neste encontro foi de uma importância enorme para o desenvolvimento do trabalho da JCP junto da juventude trabalhadora, um trabalho de reforço de organização e intervenção, de conhecimento da realidade concreta dos problemas dos jovens trabalhadores, de apontar a acção e intervenção dos nossos camaradas nos seus locais de trabalho e a participação activa no movimento sindical unitário como tarefa fundamental na dinamização da luta pelo trabalho com direitos.
No âmbito da campanha de afirmação do encontro conseguimos ir a mais de 140 empresas com o documento nacional, possibilitando o contacto com milhares de jovens trabalhadores. Este contacto possibilitou-nos conhecer melhor os problemas concretos que os jovens trabalhadores sentem no seu local de trabalho, e permitiu-nos esclarecer e consciencializar para a importância de todos os trabalhadores estarem sindicalizados nos sindicatos de classe da CGTP-IN e lutarem pelos seus direitos.
Desde o nosso último encontro a vida da esmagadora maioria dos trabalhadores tem-se agravado sendo os jovens o alvo preferencial das políticas de direita dos sucessivos Governos do PS e PSD, com ou sem o CDS politicas estas responsáveis pelo aumento do desemprego e da precariedade, a degradação do poder de compra dos salários, o ataque à segurança social e ao serviço nacional de saúde e a fragilização do papel social do estado.
Estas são marcas da política de direita do governo PS que, ao optar por dar mais força ao capital permitindo os grandes grupos económicos lucrarem milhões com a tão aclamada crise, definiu os trabalhadores e as suas organizações de classe como seus inimigos.
A precariedade dos vínculos laborais fruto das alterações feitas pelo Governo PS ao código do trabalho tem siso aproveitadas pelo grande capital que usa e abusa dos contratos precários como o exemplo da PT, onde se encontram a centenas e centenas de jovens trabalhadores em Call-centers subcontratados por empresas de trabalho-temporário, recebendo baixos salários e com condições de trabalho miseráveis, saltando de empregador em empregador ou como LISNAVE que cria empresas como a LISNAVE YARDS para tornear e lei e manter os trabalhadores em situação precária.
A Desregulamentação dos horários de trabalho tem levado cada vez mais os jovens a deixarem de terem vida e estarem sempre sujeitos à exploração do patronato, é disto exemplo os trabalhadores das grandes superfícies dos grupos SONAE, Jerónimo Martins, AUCHAN entre outros que se vêm obrigados a fazer horas extraordinárias não pagas, remetidas para o chamado “banco de horas”, trabalhando muitas vezes 10, 12 e mais horas.
O agravamento das condições de vida e a precariedade afectam todos os trabalhadores, mas atingem em particular os mais jovens no que diz respeito à discriminação nos salários, na instabilidade e dificuldades criadas à sua emancipação. É cada vez mais difícil aos jovens constituírem família, comprarem casa e concretizarem as suas justas aspirações.
Camaradas
É importante reforçarmos a nossa intervenção junto da juventude trabalhadora. organizando os camaradas por empresa, local de trabalho e /ou sector. Definindo as empresas ou locais de trabalho que consideramos prioritários para a nossa intervenção, e realizar documentos concretos sobre os problemas que afectam os seus trabalhadores, bem como divulgar o Avante! e o Agit através de vendas regulares à portas destas empresas.
Os militantes trabalhadores da JCP devem estar sindicalizados, para que a luta seja mais consequente, assim exige-se um novo fôlego nesta linha de trabalho.
Em articulação com o Partido e o movimento sindical unitário de classe, temos que participar e mobilizar os nossos colegas para as lutas.
A vida, a situação concreta de centenas de milhar de jovens trabalhadores exigem que a JCP intensifique a sua intervenção e luta. Nos próximos meses destacam-se, as lutas concretas em algumas empresas e sectores que se quer de combate aos problemas concretos que afectam os trabalhadores nos seus locais de trabalho. A acção de luta de jovens trabalhadores do dia 26 de Março marcada pela CGTP-IN/Interjovem pelo direito ao emprego com direitos, pelo aumento dos salários, contra a precariedade assume-se como um importante momento de luta dos jovens trabalhadores a qual os militantes da JCP iram trabalhar com muito empenho e confiança na mobilização e consciencialização dos jovens trabalhadores para esta importante jornada de luta.
Camaradas como diz o lema do nosso congresso “Com a luta da Juventude, Construir o Futuro” vamos a luta!
Viva a JCP
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