Nota de Imprensa da JCP
Sobre os resultados dos Exames Nacionais
15-Jul-2013

Hoje os estudantes ficaram a conhecer o seu futuro e muitos deles verificaram que possivelmente não vão conseguir aceder ao ensino superior porque não alcançaram a nota necessária num exame, que em apenas duas horas os avalia e determina o seu futuro!

Observemos o exemplo de algumas disciplinas: Física e Química A - cuja média de final de ano foi de 13 valores, baixa para 8,1 valores nos Exames Nacionais. Em Biologia e Geologia, a média de final de ano foi de 14 valores, descendo para 8,4 valores nos Exames Nacionais. No caso do exame de Matemática a média ficou-se pelos 9,7 valores. Em Português não ultrapassou de 8,9 valores.

Estes dados demonstram que anualmente os Exames Nacionais têm cumprido o objectivo político para o qual foram criados: afastar os filhos dos trabalhadores mais elevados graus de ensino elitizando o acesso ao Ensino Superior. 

Os sucessivos governos de PSD, PP e PS têm mantido os exames nacionais argumentando que estes mantêm a equidade entre os estudantes. A verdade é que estes não só mantêm como aprofundam a desigualdade entre escolas e estudantes. À falta de condições materiais nas escolas, os custos de explicações privadas, e o aumento do número de alunos por turma, acrescem os sucessivos cortes na Educação por parte do actual Governo PSD/PP, com a conivência do PS e do Presidente da República, como é explícito no Orçamento Rectificativo onde se coloca menos 10% de investimento no próximo ano lectivo. Deparamo-nos com uma política de destruição da escola pública assente na falta de condições e na redução de professores e funcionários, implementada por uma Troika nacional de mão dada à Troika internacional (FMI, BCE e UE).

Basta observarmos o ranking de escolas este ano para percebermos que as 22 “melhores” são privadas. Estas mesmas escolas privadas continuarão a ser mais financiadas por serem consideradas “melhores” ao passo que as ditas “piores” continuarão financeiramente asfixiadas. Com a política deste Governo as escolas públicas ficam ainda mais prejudicadas, correndo o risco de serem privatizadas. A política de direita afasta milhares de estudantes dos mais elevados graus de ensino, ao mesmo tempo que pretende transformar a escola num negócio lucrativo, onde a prioridade é lucrar e formatar ideologicamente os estudantes.

A Juventude Comunista Portuguesa considera que a avaliação contínua é a forma mais justa de avaliar um estudante, tendo em conta o trabalho que desenvolve durante os três anos de ensino secundário, e por isso exigimos o fim dos exames nacionais, e o fim progressivo do numerus clausus, tendo em conta as aspirações dos estudantes e as necessidades do país. Aqui reafirmamos a nossa solidariedade com a luta dos estudantes em defesa da Escola Pública, Gratuita e de Qualidade para Todos!

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Juventude Comunista Portuguesa 2010-2014
Ens. Profissional
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Ens. Secundário

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Ens. Superior
Campanha de início do ano lectivo
Juventude Trabalhadora

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