As acções de luta que aconteceram são demonstração do descontentamento dos estudantes pela politica educativa levada a cabo pelo governo PS. Foram várias a acções realizadas, um pouco por todo o país, que contaram com o envolvimento dos estudantes e das suas associações. Exemplo disso são, os abaixo-assinados, as concentrações, as manifestações e outras acções de luta em sítios como: Braga, Barcelos, Guimarães, Vila Praia de Âncora, Seixal, S. João da Madeira, Figueira da Foz, Ermesinde, Porto, Covilhã, Quarteira, Ovar, Esmoriz, Lisboa, Moita, Setúbal, Olhão, Vila Real de Santo António, Vila Real, entre outros.

Os estudantes expressaram mais uma vez o seu descontentamento relativamente às políticas praticadas pelos últimos governos PSD, PSD-PP, e o actual PS. Exemplo destas políticas, de cariz elitista, são a existência de exames nacionais e a nota mínima de 9,5 valores às disciplinas especificas, que vão profundamente contra o principio da avaliação contínua. A lei da educação sexual, apesar de estar prevista na lei desde 1984 não é implementada; os elevados custos do ensino, suportados por muitas famílias com grande dificuldade; a falta de investimento e o corte no Orçamento de Estado 2007 na educação; a criação das aulas de substituição e os serviços das escolas que estão a ser privatizados (bares, reprografias, entre outros).

A JCP apela a todos os estudantes que continuem a lutar por uma escola pública, nomeadamente depois da criação de uma empresa pública de gestão empresarial (Parque Escolar EPE) que é um retrocesso e um ataque ao direito à educação para todos, consagrado na Constituição da República Portuguesa e que muito vai prejudicar os estudantes. E também num momento em que o Governo PS de forma demagógica e populista acaba com as provas globais no 9º ano, não como forma a diminuir com as barreiras eliminatórias ao prosseguimento dos estudos, tal como a JCP e os estudantes reivindicam, mas sim com o objectivo de substitui-las pelos exames nacionais que tem ainda uma maior valorização na nota final das disciplinas, desvalorizando cada vez mais a avaliação contínua.

O fim das políticas de direita na educação e a implementação de medidas que promovam o sucesso, a integração e a democraticidade no acesso e frequência do ensino secundário foram ontem reivindicadas pelos estudantes, neste âmbito e em defesa dos direitos e aspirações dos estudantes, a JCP tudo fará para que a educação se torne realmente pública, gratuita e de qualidade, para todos!

O Secretariado da Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP