Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores da JCP
Moção sobre o Movimento Sindical e o 26 de Março
25-Fev-2010

Hoje os jovens trabalhadores são confrontados com a grave situação em que o País se encontra, fruto das politicas de direitas praticadas pelos sucessivos governos do PS e PSD, com ou sem a participação do CDS-PP.
Políticas essas que agravaram o código de trabalho e a legislação laboral da Administração Pública.
Políticas essas que em nome da crise desperdiça recursos, destrói o aparelho produtivo e empurra mais de 700 mil trabalhadores para o desemprego dos quais mais de 300 mil são jovens.

Políticas essas que a pretexto de aumentarem a competitividade, aumentam a exploração dos trabalhadores para obterem ainda mais lucros, os patrões e Governo tratam os trabalhadores como meras peças descartáveis. Impondo aos jovens trabalhadores falsos Recibos Verdes, Contratos a prazo, trabalho temporário e outras formas de precarização das relações laborais colocando mais de 1 milhão e 400 mil trabalhadores na sua maioria jovens nesta situação.

Políticas essas que fomentam os baixos salários, aumentam a jornada de trabalho para as 60 horas semanais e 12 diárias desregulando assim a vida de quem trabalha, bem como a destruição da contratação colectiva e o legado de direitos duramente conquistados por varias gerações de trabalhadores.

Estas são marcas da política de direita do governo PS que, optou por dar mais força ao capital, apontando os trabalhadores e as suas organizações de classe como seus inimigos.
Sim é possível derrotar esta política de direita.

A Juventude Comunista Portuguesa assume que vai esclarecer e mobilizar os jovens trabalhadores para participarem de forma combativa e determinada na Grande Manifestação Nacional de Jovens Trabalhadores, convocada pela INTERJOVEM/CGTP-IN para o próximo dia 26 de Março de 2010, na Pç. Município em Lisboa, com o lema “Geração com direitos; Garantia de futuro! Lutamos pela estabilidade no emprego! Salários e Horários dignos!” e cujos objectivos centrais

•    A revogação das normas gravosas do Código de Trabalho e da Legislação Laboral da Administração Pública que depois de postas em prática levaram à degradação em que o País e a vida dos jovens trabalhadores se encontram hoje.

•     COMBATE EFICAZ AO DESEMPREGO que ponha fim aos despedimentos e aposte numa política de investimento do aparelho produtivo, com a criação de postos de trabalho, quer no sector público e privado, aproveitando as nossas capacidades e força de trabalho!

•    ESTABILIDADE LABORAL que ponha fim a uma velha chaga social que é a precariedade, exigindo a passagem a efectivos de todos os trabalhadores que exerçam funções de carácter permanente, só a estabilidade laboral garante o emprego com direitos, como garantia de um presente e futuro digno para a juventude.

•    AUMENTO REAL DOS SALÁRIOS como forma imperativa de uma melhor distribuição da riqueza, tirando o País desta crise do capital, dando condições para um maior poder de compra, propiciando a independência dos jovens trabalhadores na aquisição de casa própria e outros bens essenciais para as suas vidas. 

•    HORÁRIOS DE TRABALHO DIGNOS que permitam uma vida laboral que assegure a em harmonia com a vida familiar, e que dê espaço ao lazer, à cultura, ao desporto e a todas as formas de bem-estar numa sociedade desenvolvida.

•    DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA, como garantia de valorização do trabalho, garantido assim um vasto conjunto de direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, como forma de progresso do País e da vida dos jovens.

      
Seixal 20 Fevereiro 2010