Continuam a faltar funcionários em muitas escolas como na Escola Anselmo de Andrade em Almada em que só existe um funcionário na papelaria ou na Escola Romeu Correia em que a falta de funcionários no bar leva a que os alunos mesmo estando todo o intervalo na fila não consigam ser atendidos; a faltar professores como por exemplo na Escola Manuel Cargaleiro no Seixal em que ainda há turmas sem aulas; a haver faltas de materiais para o necessário bom funcionamento das aulas, exemplo disso a Escola de Casquilhos no Barreiro em que faltam materiais para os cursos de Artes e Textil; o intensificar da privatização de serviços como bares, cantinas e papelarias que faz subir os preços tanto na Escola Dr. José Afonso como na Manuel Cargaleiro ambas no Seixal; existem telhas de amianto em vários dos recintos de ensino tais como a Escola Augusto Cabrita no Barreiro ou a Escola Michel Giacometti em Sesimbra; a falta de pavilhão para as aulas de educação física também é bem visível nos casos da Escola D. Manuel Martins em Setúbal, a Escola João de Barros no Seixal, a Escola Secundária de Palmela, na Escola Francisco Simões em Almada ou na Escola Secundária de Casquilhos no Barreiro; a falta de aquecimento nas escolas é uma constante por todo o distrito sendo que nas que existe há vários casos em que não está ligado para não gastar dinheiro; são necessárias obras em várias escolas como acontece por exemplo na D. Manuel Martins em Setúbal, na Alfredo da Silva no Barreiro, na Escola Secundária de Palmela entre outras.

 

A Juventude Comunista Portuguesa (JCP) alerta mais uma vez para as condições degradantes em que os estudantes das Escolas Secundárias João de Barros no Seixal e do Monte da Caparica em Almada têm aulas. É inadmissível que estes estudantes continuem a ter aulas em contentores e que as obras das suas escolas não tenham fim à vista, mas apenas simples promessas. A JCP solidariza-se com a luta destes estudantes e exige o fim imediato das obras nestas escolas bem como na Escola Secundária Jorge Peixinho no Montijo.  

 

O Ministro da Educação diz que: “Não é a colocar mais dinheiro nas escolas que podemos esperar uma melhor qualidade de ensino.” – Setubalense 2 Fev. Pág 14. Explique-nos o Ministro se a qualidade do ensino existe em turmas de 30 alunos, em horários sobrecarregados, em salas onde chove, onde falta material, em turmas que tem estudantes que não conseguem comprar os livros todos, ou que continuam sem professores. Há qualidade no ensino com uma política de desinvestimento? A JCP diz que não e exige financiamento para a Educação e que as escolas sejam dotadas de efectivas condições humanas, materiais e pedagógicas, só assim se poderá falar de qualidade do ensino.   

 

É neste quadro de ofensiva contra a escola pública que se vai realizar o 13º Encontro Nacional do Ensino Secundário no dia 21 de Fevereiro no Barreiro, que será um grande momento de discussão, reflexão e fortalecimento da Organização do Ensino Secundário da JCP, de consciencialização dos estudantes para as dificuldades a que são sujeitos. Convidamos assim todos os jovens do distrito de Setúbal a marcarem presença neste Encontro e a fazer passar com veemência a mensagem de que outra política é possível e necessária. Construiremos todos juntos essa política com a luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário pois só a luta conquistará a Escola Pública, Gratuita, de Qualidade e Democrática para todos.

 

A Comissão Regional de Setúbal

3 de Fevereiro de 2015