Afirmamos a educação como um direito, e os direitos não se pagam. É dever do estado financiar a educação, e assegurar que qualquer pessoa tem acesso a esta, independentemente da sua classe social. Na JCP lutamos com os jovens por um real acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Acreditamos que a luta é o caminho para conquistar direitos que são nossos. A prova de que a luta é o único meio viável, é a queda deste governo e a sua cobarde demissão. Esta vitória foi fruto da luta e não apenas da livre e honrada decisão do Presidente da República.

Recordem-se as inúmeras lutas que se desencadearam apenas nos tempos mais recentes, antes desta decisão: manifestações de milhares de trabalhadores a 10 de Novembro; manifestação com 5000 estudantes do Ensino Superior a 5 de Novembro (para além de todas as outras iniciativas que tiveram lugar a nível regional e local); manifestações dos estudantes do Ensino Profissional a 29 de Outubro e a 24 de Novembro; jornada nacional de luta dos estudantes do Ensino Secundário a 17 de Novembro, com acções de protesto por todo o país exigindo melhores condições.
Como se vê, este governo não caiu apenas porque apeteceu ao Presidente, mas porque o povo saiu à rua mostrando o seu descontentamento com as políticas praticadas, levando o Presidente Jorge Sampaio à decisão tomada.

A JCP saúda os estudantes do Ensino Superior que saíram à rua e lutaram contra a política educativa em vigor, pois esta luta foi também um enorme contributo para a saída deste governo.

Com a consciência do valor da unidade, com determinação e confiança na vitória, os estudantes do Ensino Superior, uma camada duramente afectada pela acção dos governos PSD/ CDS-PP, lutaram contra esta política de direita.

A luta irá continuar até que os direitos sejam realmente adquiridos. Lembremos que quem trouxe novamente o conceito de propinas foi o governo PS de Guterres, o PSD continuou-o. Este exemplo mostra que o PS não é uma alternativa mas uma alternância à direita.

A queda do governo foi uma vitória mas continuamos a pagar propinas altíssimas para que possamos estudar; prossegue a tentativa de nos imporem um Processo de Bolonha que quer tornar o Ensino Superior num negócio a nível Europeu, privado e elitizado, sem ter em conta as lacunas do nosso ensino e as nossas necessidades; continuamos a sofrer com más condições materiais, humanas e pedagógicas; continuamos sem uma acção social realmente social e com um grande ataque à gestão democrática das escolas.

A nossa educação está longe de ser pública, gratuita, de qualidade, e para todos.

As políticas praticadas pelos governos anteriores estão longe de corresponder aos anseios e necessidades dos jovens em luta pela paz, emprego com direitos, educação, habitação, acesso à cultura e ao desporto, a um bom ambiente e qualidade de vida.

Por isso é tempo de prosseguir a luta. Por isso é tempo de exigir uma nova política. De rasgar novos horizontes rumo às medidas políticas necessárias. Com a luta de todos os dias resistimos e transformamos, com o voto confiamos em quem está do lado da luta.

Sim!, é possível uma verdadeira alternativa!

Leva a luta até ao voto! Confia (e VOTA) na CDU (PCP-PEV)!

Organização do Ensino Superior da JCP