Nota de Imprensa da Organização Regional de Setúbal
Encerramento da Lear Corporation – mais 290 trabalhadores desempregados
05-Abr-2010

Um dos maiores fabricantes mundiais de componentes para a indústria automóvel, a Lear Corporation anunciou, em Novembro de 2009, que iria proceder ao encerramento da fábrica, situada em Palmela, no início de 2010, alegadamente devido à falta de encomendas.

Mais uma vez, o argumento da “falta de trabalho” e da “crise económica” serve de bitola para encerrar mais uma empresa, mandando para o desemprego cerca de 290 trabalhadores, grande parte deles jovens, contribuindo para o acentuar da destruição do aparelho produtivo da península de Setúbal, uma das regiões mais fustigadas pelos elevados níveis de desemprego registados em Portugal.

Este cenário transmitido pela Administração da empresa, desmentido fortemente pelo Sindicato dos Metalúrgicos afecto à Central Sindical CGTP-IN, que coloca “*que não existe falta de trabalho, que a prova maior é que todos os trabalhadores estavam em actividade laboral, quando foi anunciado a intenção de encerramento da empresa*”.

A Administração preferiu pagar uma indemnização de 2.000 euros a todos os trabalhadores, em vez de prosseguir com actividade laboral e de manter os postos de trabalho. O montante pago em indemnizações seria suficiente para assegurar a actividade da empresa, em Portugal.

Mais uma vez o Governo PS de José Sócrates, nada fez para evitar mais um encerramento fraudulento anunciado pelo capital, nada fez para vitar a deslocalização de mais uma empresa para fora do território nacional, pois este em vista a reabertura da Lear, na Turquia onde existe mão-de-obra mais barata e mais facilmente explorável, factor determinante para uma maior acumulação de capital por parte da empresa em questão.
           

A Juventude Comunista Portuguesa, a organização revolucionária da juventude portuguesa, condena mais este encerramento fraudulento, que apenas contribui para o aumento dos níveis de desemprego da região e para a destruição do aparelho produtivo nacional, encontrando-se solidária com todos os trabalhadores Lear, apelando a que estes que continuem a justa luta pelo acesso ao trabalho com direitos, por justos salários, pelo direito à contratação colectiva, contra a precariedade e contra níveis de desemprego.

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