A divulgação dos resultados da 1ª fase dos exames nacionais, neste ano em que pela primeira vez é obrigatória a presença na 1ª fase e com descidas relevantes dos resultados em algumas disciplinas vem confirmar a nossa caracterização dos exames como barreira. A novidade introduzida de obrigatoriedade de realização dos exames na 1ª fase, traduzida na redução de estudantes que deixarem de poder realizar os exames apenas na 2ª fase, alterando e condicionando a preparação para os exames, é mais um obstáculo à conclusão do Ensino Secundário e acesso ao Ensino Superior. Este aspecto veio confirmar que os exames não têm em conta as especificidades e condições económicas e sociais de cada estudante.

Neste contexto torna-se cada vez mais necessário uma avaliação justa e contínua como reinvidicaram centenas de estudantes de todo o país através de um fotoprotesto apresentado na abertura da 1ª fase. Não podendo desligar esta realidade dos cortes no financiamento ao Ensino Secundário, com reflexos particularmente na falta de professores, funcionários e outros técnicos de apoio.

A JCP saúda a luta dos estudantes do Ensino Secundário pelo fim dos exames nacionais, por uma avaliação justa e contínua, inseparável da luta pela escola pública, gratuita e de qualidade, consagrando os valores de Abril como futuro da juventude.